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Lá no meu perfil do Linkedin estou sempre compartilhando as vagas de P&D que recebo (tem uma vaga para divulgar? Pode me adicionar). Com isso, muita gente me aborda, pedindo dicas, indicações, tentando achar uma forma de se inserir neste mundo de Pesquisa e Desenvolvimento. A mesma coisa acontece pelo e-mail do Sra Inovadeira e pela fanpage do Facebook – há um fascínio geral em trabalhar com P&D e inovação.
Você também quer saber como ser um profissional de inovação? Então este post é seu.
Existem alguns cursos de especialização focados na área de Pesquisa e Desenvolvimento – você encontra este tipo de informação na página Referências para Inovação de Produtos – e nos currículos das faculdades o assunto é abordado (seja numa disciplina específica, seja dentro das disciplinas de tecnologia de alimentos).
Vamos considerar então que o lado técnico é dado. Se não é dado, você sabe bem onde buscar o curso de panificação, laticínios, carnes, bebidas, ou outra área que lhe atraia. Como disse a Sandra Mian em sua entrevista, nunca esqueça a sua área técnica – é ela que lhe diferencia do pessoal de Marketing.
Bom, mas neste post vamos falar sobre outras formações que complementam a formação técnica. Vamos falar sobre as competências pessoais para inovação que normalmente ficam de fora do currículo tradicional dos cursos: criatividade, curiosidade, mentalidade de aprendizado, visão sistêmica, empatia, repertório amplo e variado, resiliência, capacidade de observação.
(A minha teoria é que você não viu nada disso na faculdade, seja recém formado, ou dinossauro, como eu 😛 . Se eu estou errada, fala aí nos comentários. Adoro conhecer exemplos de faculdades que estão inovando).
Vamos uma a uma?
Será que dá para estimular a curiosidade? Eu acho que dá sim!
Os benefícios de ser curioso são autoexplicativos, mas vai lá: sendo curioso você vai à raiz dos problemas. Você desenvolve produtos mais interessantes e holísticos (capazes de atender não apenas a uma demanda do seu consumidor, mas a todo um conceito de vida). O curioso é capaz de encontrar soluções para problemas que mais ninguém vê, e de encontrar problemas novos para as soluções que ele já criou (lembra do sorvete vegano para alérgicos?).
Probleminha básico: será que é possível que alguém não muito curioso enxergue que não é curioso? Pense numa pessoa que conhece, que trata dos assuntos mais superficialmente que você – se perguntar se ela se acha curiosa, qual deve ser a resposta?
Muito provavelmente, ela se acha, não?
Agora, olha para você. Será que nós todos não nos achamos curiosos “o suficiente”?
O escritor Ian Leslie, autor de Curious, fala que a curiosidade é um músculo que, caso não usado, atrofia. Veja o vídeo em stop-motion (feito pela Georgina Venning) da sua palestra na RSA, com tradução e legendas exclusivas da Sra Inovadeira.
Para estimular a curiosidade, temos que levar em consideração que o ser humano é um bicho ligado a recompensas pelo esforço. Se, no fim da nossa jornada pela curiosidade, não houver uma caixa de bombons esperando, é provável que da próxima sejamos mais superficiais.
Assim, aproveite a sua jornada pela curiosidade por algum estímulo que lhe agrade. Por exemplo, gosta de cozinhar? Comece a explorar temperos diferentes. Evolua no seu uso em aplicações diferentes, busque informações sobre seu local de origem. Após, aproveite as vantagens que o novo conhecimento lhe trouxe: que tal ser aplaudido como um chef criativo no próximo jantar entre amigos?
Da mesma forma, use a empatia para entender um ponto de vista radicalmente contrário ao seu – faça perguntas abertas, ao invés de estabelecer uma resposta pronta para todo e qualquer argumento. Esqueça, conscientemente, do papel de juiz – coloque-se no papel do sociólogo que precisa entender porque as coisas são como são.
Abra a internet e saia do Instagram. A cada dia, eleja um tema que lhe fascina e busque informações cada vez mais aprofundadas sobre ele – até que você já comece a fazer correlações com outros temas de seu interesse (o que vai lhe ajudar, e muito, na visão sistêmica na sequência).
PARA FAZER HOJE: eleja um assunto e se aprofunde nele. Vá fundo, descubra o que tem por trás do que tem por trás do que tem por trás. Não se contente com a primeira resposta: pergunte-se ao menos 5 vezes “por que”.
Existem milhares de livros e cursos online para estimular a sua criatividade – algo que, se você tem o perfil conservador do engenheiro (aquele da HP gigantesca e as unhas todas roídas), talvez seja a sua principal possibilidade de melhoria. Convenhamos: tirando o caso dos expoentes que encontram resoluções para equações centenárias, resolver uma equação em sala de aula não é lá o exercício mais criativo da sua vida.
A criatividade é importante para os artistas entre nós – mas também importante para encontrar soluções não-convencionais, ligar matérias não tradicionalmente postas em conjunto, explorar aplicações diferentes das atuais para os produtos que você desenvolve. De fato, a criatividade é um dos tripés da Inovação (os outros sendo a Execução e o Conhecimento Técnico), e por isso é um dos tripés deste site também.
Contudo, apenas ler um livro ou fazer um curso é insuficiente para acender a lampadinha na sua cabeça. Você precisará se expor.
Colocar a mão na massa.
Viver de forma criativa.
Para estimular a criatividade, você precisa se colocar em situações que exijam o uso do conhecimento abstrato ou não-racional. Vale qualquer coisa: cozinhar sem receita, pintar, tocar um instrumento, cantar, escalar, escrever. Qualquer atividade que seja ATIVA (e não PASSIVA, como ler ou assistir a algo) e que seja LIVRE é uma opção. Procure alguma com que você se identifique e invista tempo e energia nela.
É deste tempo e energia que, mais tarde, você colherá os frutos no trabalho.
PARA FAZER HOJE: Identifique uma atividade ativa e livre, dentro da sua zona de conforto, e determine um tempo mínimo para praticá-la por semana.
O curso de Design Thinking para Inovação que está listado nas referências considera que ter uma mentalidade de aprendizado é a principal diferença dos profissionais que inovam e se destacam em ambientes instáveis.
Mas o que é a mentalidade de aprendizado?
É a capacidade de:
Para estimular a mentalidade de aprendizado, você precisa se colocar conscientemente em situações que exijam novos conhecimentos. Dentro da empresa, uma forma é mudar de área ou agregar mais atividades, forçando, em si mesmo, uma nova curva de aprendizado. Na vida pessoal, qualquer ação de aquisição de um conhecimento que você não tem hoje: aprender um instrumento, começar a pintar, iniciar um blog, trabalhar como voluntário num asilo ou orfanato (aliás, esta última é excelente também para a competência empatia).
Um porém importante: somos seres que buscam o conforto! Assim que você adquirir o novo conhecimento, a tendência é se acomodar – então vamos lá, busque uma nova atividade desconhecida. Não deixe este músculo enferrujar.
PARA FAZER HOJE: matricule-se naquele curso de violão ou cerâmica que você vem adiando há 10 anos. Vá à mesa da sua chefe e peça para ajudar no projeto da outra área. Voluntarie-se numa entidade da sua cidade.
Empatia é colocar-se no lugar dos outros – e, se você perguntar para 10 engenheiros, todos dirão que sabem direitinho como o colega se sente. Será mesmo? Em tempos de duras críticas aos programas sociais e de valorização das minorias, parece-me que a empatia anda em baixa no país.
Empatia – esta capacidade tão importante para quem vai REALMENTE escutar o consumidor e tirar insights para desenvolvimento de produtos – requer muito mais do que ouvir o outro falar. Requer também muito mais do que apenas se colocar no lugar do outro.
Para ter empatia com o outro, temos que entendê-lo dentro da SUA história de vida – e retirar os julgamentos que fazemos pelas nossas próprias histórias.
Quer uma ideia do que estou falando? Veja este vídeo do TED.
Para estimular a empatia, você vai precisar de dois movimentos ao mesmo tempo:
Repita estes movimentos para o resto da sua vida – empatia é a chave de relacionamentos maduros, de produtos mais inovadores, de negócios mais sustentáveis. Empatia é daquelas competências que nunca são demais.
Converse sempre com pessoas diferentes de você, usando uma mentalidade de aprendizado, e você estará fortalecendo o músculo da empatia.
PARA FAZER HOJE: Voluntarie-se numa entidade de assistência social na sua cidade e escute às pessoas. Vá à casa da sua vó e pergunte sobre a sua vida. Converse com o seu vizinho.
Peter Senge fez sucesso nos anos noventa com o livro “A Quinta Disciplina”, onde falava de uma organização de aprendizado, mais adaptada para o mundo moderno, que usa a visão sistêmica para resolver problemas de grupo. A visão sistêmica – que seria a própria Quinta Disciplina – englobaria as primeiras quatro disciplinas: domínio pessoal, modelos mentais, visão compartilhada e aprendizado em grupo.
Ter visão sistêmica é enxergar os padrões e compreender o mundo à nossa volta como algo um pouco mais complexo do que puramente reações de causa e efeito. Quer um exemplo?
Você introduzirá um novo produto na linha de produção. O lote inicial é amanhã, e você fez a lição de casa: deu treinamento para os operadores, fez testes industriais durante o desenvolvimento, trabalhou em conjunto com o pessoal da Qualidade para fazer a inspeção de processo e liberação para o item. O almoxarifado já sabe quais são as embalagens que devem ser enviadas, o pessoal de Vendas está apenas esperando o primeiro lote. No final do dia, o Coordenador de Segurança de Alimentos senta-se à sua frente e diz: “e a rotulagem de alergênicos dos outros produtos? Já pediu a alteração?”. Nesta hora você se dá conta de que todos os sistemas de alerta que foram montados para a introdução de novos produtos não previam esta mudança significativa de legislação. Eles não comportavam, na verdade, nenhuma mudança de legislação – a velha divisão P&D/Qualidade atuando na empresa (para o mal).
Entender todos os impactos da introdução de um novo produto, todos os processos envolvidos e todas as entradas necessárias para que ele seja bem desenvolvido é enxergar o sistema. Algo como trazer o conhecimento que temos hoje sobre ecologia e sustentabilidade para dentro das nossas ações.
Quem trabalha em P&D lida TODOS OS DIAS com situações que envolvem muito mais do que o simples girar de uma chave: introduzir um produto novo em um organismo complexo como uma empresa requer a habilidade de prever todo o intrincado jogo interno de clientes/fornecedores, e como fazer este jogo ter um resultado positivo.
A perspectiva sistêmica tem dominado o mundo dos alimentos nos últimos anos, desde que se percebeu quão complexas e intrincadas são as relações neste contexto. Aqui você encontra um manual para inovadores interessados em possibilitar a criação de sistemas alimentares sustentáveis. Um material gratuito muito bacana da FAO.
Para estimular a visão sistêmica, valem as ações que que lhe trarão mais repertório e mentalidade de aprendizado – porém o foco aqui deve ser de enxergar os processos. Peça para fazer um estágio nas demais áreas da sua empresa e desenhe seus processos em um fluxograma, com entradas e saídas.
Pergunte quais são as atividades gargalo, tente enxergar as mesmas atividades na sua própria área. Procure colocar-se numa posição de Consultor: se você não pertencesse à esta empresa, como diria que as coisas são feitas por aqui? Como melhoria os processos?
(Se o estágio não for possível, faça a coisa mais simples: almoce com seus colegas e fale de como eles trabalham. Use a empatia e entenda como as coisas são feitas e por que certos resultados são alcançados. Procure a causa raiz dos problemas).
Na sua vida pessoal, um bom conselho – que inclusive ajuda no domínio pessoal – é fazer análise, e procurar a causa raiz dos seus comportamentos atuais. Escreva a sua história e a entenda. Procure a causa raiz dos seus pensamentos atuais. Se você fosse um quebra-cabeças, quais seriam as peças mais importantes? Que peças não se encaixam? Que peças foram substituídas?
PARA FAZER HOJE: Escolha um hábito seu (tomar banho à noite ou pela manhã, levar um copo para o lado da cama, ler antes de dormir, colocar todos os cabides virados para o mesmo lado, qualquer um) e tente descobrir quando ele começou. Depois, se esforce um pouco mais e descubra por que ele começou. Faça um exercício de imaginação – como você seria hoje se tivesse o hábito oposto?
Ah, a minha competência preferida, e que já foi mencionada pela Sandra na entrevista. Quer trabalhar com P&D, e desenvolver produtos que tenham vida relevante no mercado? Então entenda o ser humano, meu bem.
E qual a melhor maneira de entender o ser humano?
Leia os clássicos. No post da entrevista há uma lista inicial de clássicos da literatura mundial que você pode acessar. Somadas àquelas, trabalhando com alimentos você tem que entender de alimentação, então…
(uma pequena brincadeira com os amigos veterinários 😉 ).
A questão aqui: complemente a sua área de atuação. Use de empatia e entenda todos os significados que alimento tem para uma pessoa: ou você toma vinho porque está com sede?
Para ampliar e variar o repertório, estude história da alimentação, sociologia, antropologia. Leia sobre empreendedorismo, saiba um pouco sobre música, tecnologia, sobre mitologia. Discuta religião e política, veja filmes que questionam o status quo. Viaje. Tenha experiências variadas de trabalho – se exponha ao mundo. Saia da caixinha, descubra outras caixinhas.
Vou deixar uma lista de referências em português:
Para a alimentação no Brasil, temos a
Saindo da literatura de alimentos, alimente sua mente com crônicas, ensaios, discussões, romances. Dê um tempo nos livros de cálculo e bioquímica e vasculhe a biblioteca da sua cidade em busca de obras como Os Miseráveis, Memórias do Subsolo, Os Cem Sentidos Secretos, Dom Casmurro, Cem Anos de Solidão, O Poder do Mito.
Bom, eu mantenho um site inteiro apenas para falar sobre as coisas que aprendemos viajando: o Cuore Curioso. Lá tem textos sobre desapego, felicidade, desenvolvimento pessoal, ansiedade, amor… Para mim, viajar é sim a melhor forma de aprender.
Tem até estudo científico dizendo que as empresas perdem grandes oportunidades de aprendizado, quando não estimulam que seus colaboradores usem suas viagens para desenvolver um repertório maior.
Minha sugestão sempre é: viaje, de forma independente e para lugares que te desafiem, que não sejam um espelho de onde você mora. Se você quiser ferramentas de como usar as viagens como ferramentas de desenvolvimento pessoal, tem um ebook prontinho (e gratuito) para download.
Bons filmes desafiam a sua visão de mundo e expandem o seu repertório – mas para isso, você terá que ir um pouco além dos filmes de bate-bate ou comédias românticas água com açúcar. Falando especificamente em alimentos e comida, posso citar algumas peças bem interessantes:
Nos últimos anos, ser resiliente entrou na moda aqui o Brasil – para todos os lados que se olha, há uma ode à resiliência. O que aqui até parece modinha, já é estudado na filosofia oriental há séculos. Quer ver como?
Ou, como já dizia a minha vó, “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.
A resiliência é a capacidade OPOSTA à força e à dureza. Pense bem nos conceitos que você aprendeu sobre dureza e flexibilidade na faculdade – o material mais duro, normalmente é mais quebradiço. Agora, tenta quebrar uma borracha!
Se você pensar na biologia, também: não é o mais forte que sobrevive. É o mais adaptável. O mais resiliente é aquele que dobra sua coluna, mas volta ao lugar após a tempestade (manter a coluna ereta no meio da tempestade é coisa de rocha que, como sabemos, desaba sob a força da água).
Quer saber porque ser resiliente é importante para P&D? Razão básica: porque você vai errar. Porque você vai perder. Porque você vai se matar trabalhando, para ver o produto que é a sua menina dos olhos fracassar no mercado. Porque você será demitido, e demitirá, e se frustrará com o seu desempenho e com o desempenho da sua equipe. Porque quem você achava que lhe apoiava, não lhe apoia mais. Porque o produto que você desenvolveu com cuidado foi maltratado na Produção. Porque aquele projeto maravilhoso está levando uma saraivada de críticas nas mídias sociais. Porque você TEM que errar para aprender com os erros.
P&D é o reino da necessidade de resiliência – portanto, prepare-se. Seja como o bambu, não como a rocha.
Para estimular a resiliência, comece lendo os clássicos! Um bom livro de entrada no taoísmo (de onde a frase acima foi tirada) é o Tao do Pooh, um livro supostamente infantil, mas que faz uma introdução leve e divertida para o taoísmo.
Uma forma muito simples de reencontrar balanço pessoal após uma situação de stress ou adversidade é falar sobre o assunto, não se prender a ele, de preferência com pessoas que não estejam vivendo o âmago da questão. Isso ajuda a criar um afastamento e uma visão perspectiva mais alta, que promove a resiliência.
Portanto, nada de guardar para si: abra-se. Encontre ao menos um porto seguro onde possa desabafar sobre as frustrações – seja um amigo ou amiga, um parente, a sua analista, um grupo de apoio. (Redes colaborativas são também importantes para este compartilhamento de frustrações, não apenas de sucesso!)
Pratique atividades que promovam o equilíbrio: seja ciclismo, yoga, meditação, slackline (andar na corda bamba). Qualquer atividade que elimine os demais focos da sua vida e concentre toda a sua mente ao redor dela é eficiente em promover a resiliência (e a capacidade de concentração também!).
Por fim, veja o lado bom das coisas. Já está cientificamente comprovado que ver o copo meio cheio é a chave para a felicidade. Reconheça conscientemente que em todas as situações há bom e mau, juntos, e que, pelo menos, há sempre oportunidades de aprendizado.
Nosso cérebro, contudo, é programado para prestar mais atenção no ruim do que no bom – uma questão básica de sobrevivência. É mais importante saber onde os leões tomam água do que onde o arbusto de amoras fica.
Portanto, precisamos fazer um esforço consciente para reconhecer a felicidade. Quando você estiver passando por um momento de stress, mantenha um diário e force-se a escrever sobre os aspectos bons desta situação.
PARA FAZER HOJE: Crie o seu diário de bordo. Force-se a anotar, todos os dias, APENAS os aprendizados das coisas ruins que acontecem, e releia para si mesmo ao final de cada semana. Pratique meditação – uma boa ferramenta online gratuita está no site Cultivando o Equilíbrio. Você pode baixar um audioguia de introdução à meditação, em português, aqui.
Um dos motores por trás do design thinking é a observação – a capacidade de ver novamente o mundano, aquilo é automático, o que você nem vê mais na sua rotina. Observar o mundo ao redor é um esforço consciente, pois na grande maioria das vezes deixamos o mundo passar por nós como se estivéssemos sentados na frente da TV.
Não faça isso: desligue o controle remoto da sua vida e observe atentamente, como se o mundo ao seu redor fosse um teatro, não uma novela.
No teatro, você observa com atenção, você pode ouvir as nuances de entonação, de pisada no chão, as entradas e saídas, os erros entre as trocas de roupa, a gota de suor caindo da testa da atriz principal, sentir o cheiro de suor na axila do palhaço. Na versão pasteurizada do teatro – a novela – tudo isso é escondido sob a tecnologia que atenua o defeito e acentua o que supostamente é “normal”.
Veja que acima eu não usei apenas o verbo “ver”. Porque não observamos apenas com os olhos: usamos todos os nossos sentidos para isso.
A capacidade de observação é importante para qualquer pesquisador – mesmo os que não usam nada próximo do design thinking. Foi pelo lamber de dedos de James M. Schlatter, durante a síntese de um tetrapeptídeo, que a capacidade adoçante do aspartame foi descoberta.
Para estimular a capacidade de observação, você pode tomar três caminhos principais:
Outra ferramenta muito útil em desenvolver esta competência são os livros “Onde está Wally”.
Ah, a capacidade de observação também vai ajudá-lo no seu caminho para ter uma mentalidade de aprendizado – afinal, quanto mais observo, mais aprendo. Vice-versa!
Você sabe: eu já dei uma palestra sobre este tema!
Não conseguiu participar do nosso evento online e gratuito sobre o Profissional de Inovação de Alimentos? Não tem problema – veja o vídeo abaixo. Não se esqueça de curtir o canal da Sra Inovadeira no Youtube e deixar seus comentários aqui no post.
Quer baixar a apresentação da palestra? Tá aqui a apresentação sobre as 8 Competências Pessoais para a Inovação de Alimentos de presente. 😉
Agora quero saber de você: quais são as suas competências pessoais mais fortes? Quais as que precisa desenvolver?
Ps.: Achei interessante incluir aqui o infográfico que a HBR fez sobre os 20 vieses cognitivos mais comuns que encontramos no nosso dia a dia. Só para você pensar (estimular a mente inovadora é também tentar ver o mundo APESAR dos nossos vieses).
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