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O FUTURO NÃO ESTÁ LOGO ALI, É AGORA

Postado em 13/07/2020 por Raquel Logato
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A banda norte americana The Black Eyed Peas foi eleita uma das mais influentes e famosas do século XXI há onze anos. Ficou conhecida pela sua pegada hip hop + pop atrelada a um grupo esteticamente diferente (uma mulher loira, homens dois negros e homem com traços latino-americanos) e com uma presença feminina que era tão importante e valorizada quanto os homens. Fergie, que não faz mais parte do grupo, era uma verdadeira girl boss num momento em que nem se usava esse termo amplamente. Essa mulher foi para muitas garotas ao redor do mundo um exemplo de empoderamento, posicionamento, beleza e lugar de fala. Ela ajudou a moldar meu pensamento sobre o que era ser mulher num mundo dominado por homens, o que era pensar a frente numa sociedade que está acostumada em sua grande parte a andar num ritmo marcado.

O hip hop futurista que a banda ostentava arrebatou multidões e embalou festas no mundo inteiro. Há um álbum em particular, chamado The E.N.D., que me chama a atenção desde a adolescência e me ensinou muito sobre inovação. Meus olhos e ouvidos se sentiam numa outra era diante desse CD e dos videoclipes. É tudo tão atual mesmo 11 anos depois do lançamento que parecem que foram gravados há poucos dias. Quando Will.I.Am falava na música Imma Be “Eu vou ser o novo negão melhorado / Eu vou ser o cara normal com alma / Eu vou ser mundial, internacional / Eu vou estar no Rio e arrasando em Tóquio” eu achava que ele estava falando indiretamente comigo e dizendo para eu buscar melhorar e me projetar para o mundo. Estar situada num local (Rio) e ser assunto em outro de forma positiva (Tóquio, São Paulo, Filipinas, Canadá, Curitiba,…).

Capa do álbum The E.N.D., do grupo Black Eyed Peas

O clipe e a letra da música Boom Boom Pow, do mesmo álbum, traziam uma pegada futurista que saltavam aos meus olhos. O vídeo foi uma verdadeira inovação para a época, usaram o que havia de mais novo e tecnológico para compor o cenário e figurinos; inclusive um telão touchscreen de última geração (para a época) parecido com os que a Globo usa em alguns telejornais hoje em dia. Eu assisti diversas vezes e amava a parte que dizia:

“Eu sou tão 3008. E você tão 2000 e atrasado.

Eu tenho o boom boom boom.

Aquele boom boom boom do futuro.”

Eu me sentia o futuro e a inovação materializados a cada verso dessa música¹. Essa canção me trouxe a consciência da necessidade e beleza de ter um olhar vanguardista e estar sempre um passo a frente no mundo das ideias.

Mas o que o The End do grupo Black Eyed Peas tem a ver com nosso papo de alimentos? Vamos por tópico para a gente não se perder. Pode parecer uma grande viagem, mas faz sentido, confia em mim e embarca no meu pensamento entrelaçado, mas esclarecedor.

1. Lançamento

A banda lançou esse álbum no Japão. Simbolicamente isso foi muito representativo por ser um país asiático conhecido por estar um passo a frente em tecnologia e inovação. Os japoneses são um povo perfeccionista e estão sempre na dianteira em relação aos países de cultura ocidental nesses dois quesitos.

O local e a época de lançamento de um produto fazem diferença. O Black Eyed Peas sabia que aquele era o momento de lançar algo novo e que tinha um público a espera disso. Não é à toa que permaneceram 6 meses consecutivos como a banda mais ouvida de 2009, e com o total de 26 semanas, a banda mais ouvida da década.

Saber o timing de lançamento de um produto não é para qualquer um. Também não exige uma visão de águia e o radar supersônico de Bailey de Procurando Dory. Isso conseguimos saber com informação, leitura, network, mente aberta ao novo e falta de medo de assumir riscos.  É necessário conhecer o público, saber o que, por que, para que e para quem estamos lançando algo. Já parou para pesquisar quais nichos estão saturados e quais são os mares nunca ou pouco desbravados para mergulhar de cabeça? Quais são os tipos de embalagem mais adequados ao seu produto e alinhados a sustentabilidade ambiental? Quais são os anseios de grupos populacionais sobre um alimento? Você investe tempo (observe bem o verbo INVESTIR, não GASTAR) em pesquisas e se aproximando do público alvo? Se não, está na hora de rever isso.

2.Qualidade

Depois da Segunda Guerra Mundial, o Japão teve uma capacidade de se refazer superior a muitos países. Quantas ferramentas, metodologias e modelos de qualidade que utilizamos no dia a dia profissional que foram desenvolvidas por japoneses ou com a participação deles? Diversas! Exemplos:

– Toyotismo;

– Just in time;

-Kanban;

– MUDA;

– Kaizen;

– Diagrama de Ishikawa (conhecido também como Diagrama de Peixe)

– Controle de Qualidade Total (TQC)

Investir em inovação também significa investir em qualidade. Não adianta chegar com um alimento novo se ele não tem qualidade. Você pode vender, atingir público e números expressivos, mas rapidamente cairá no ostracismo e será reconhecido como sinônimo de má qualidade. A rejeição do consumidor é certa!

3.Coragem

De fazer o novo, de fazer diferente e não ter medo dos concorrentes. A melhor coisa é não olhar para o lado. Como disse assertivamente Pedro Superti, especialista em marketing de diferenciação, a água que eu bebo sai no meu suor. Se ficarmos bebendo a água de nosso concorrente ou de pessoas que não nos agregam em nada é isso que vamos gerar. Agora, se ingerirmos conteúdo de qualidade, ingerirmos ideias de pessoas fantásticas será isso que colocaremos para fora. Não devemos perder tempo focando no trabalho alheio e nem tentando copiar; devemos investir nossas energias gerando um estilo autêntico. Se copiar, copie como um artista: acrescentando o seu toque, a sua pitada de inovação e melhoria.

4.Retorno

Se você juntar os 3 primeiros tópicos de forma assertiva o retorno é quase que garantido. Quem inova sai na frente e vira referência para os que virão depois.

O retorno vem em forma de reconhecimento e finanças. Você literalmente faz escola. Mas saiba de uma coisa: não é tão fácil. Antes de sair por aí pensando que no mundo da inovação 2 + 2 = 4 saiba que não. Não existe fórmula mágica e matemática exata. Conte com a sorte também.

Tenha em mente sempre: o futuro não é logo ali, o futuro é agora!

Desde criança ouço em comerciais de tv e rádio que o futuro é logo ali. E numa perspectiva futurista devemos sempre ter em mente que o futuro não é daqui a cinco, vinte ou cinquenta anos. O futuro é daqui a 1 segundo e nós somos o futuro. Nós construímos e fazemos parte dele ou podemos optar por ser expectadores e usufrutuários da criatividade alheia. É uma questão de escolha trabalhar na construção de inovações e melhorias ou se prender a processos antigos e obsoletos. Não é uma questão de classe social, cor, gênero, idade, nacionalidade ou qualquer outra variável. Inovar é inato e nós estamos aqui para isso.

Seja o futuro! Ouse, crie, quebre barreiras e expectativas. O setor de alimentos precisa para ontem de profissionais que estejam com a mente inovadora e inventiva, com o pensamento sintonizado com os anseios das novas gerações. Se abrir para o novo não é difícil, é uma questão de permissão. Se você se permitir olhar para novas possibilidades enxergará novos futuros. E muito mais do que isso, fará parte dele.

E lembre dos Black Eyed Peas. A música e a arte deles podem te ensinar mais coisas que os olhos podem ver.


¹Gente, essa música e outras da banda tem algumas frases machistas, como a maioria da música do gênero hip hop e funk. Mas o foco do texto é a parte boa da música, não falas lamentáveis.

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3 respostas para “O FUTURO NÃO ESTÁ LOGO ALI, É AGORA”

  1. Giselle Souza disse:

    Cara que texto incrível!
    Temos que ter um pensamento fora da caixa para crescermos! Fazer mais do mesmo não dá, e fazer diferente requer muita pesquisa e dedicação mas sempre dá certo!

  2. Ana Letícia disse:

    Excelente reflexão da autora. Com um pouco de criatividade sempre é possível inovar.

  3. Deise Beatriz Martins disse:

    Texto inspirador!

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