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Estratégias de P&D

6 FATOS QUE NÃO LHE CONTARAM SOBRE CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO DE ALIMENTOS

Postado em 06/06/2022 por Cristina Leonhardt
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Você está neste momento pensando em criar a sua consultoria de desenvolvimento de alimentos? Quem sabe isso será o seu plano B – estabelecendo a sua posição como consultora de alimentos como um negócio lateral, enquanto você ainda atua em alguma empresa. Ou talvez você já tenha dado esse salto para o empreendedorismo, mas seus projetos são mais voltados à área de Qualidade e Regulatórios.

Afinal: tem como desenvolver alimentos em uma consultoria? Oh, se tem – tem e muito, em um mercado que só cresce. Eu já falei para vocês que, no meu entender, e por uma série de razões, o futuro das áreas de P&D é a descentralização. Os projetos serão conduzidos por uma série de atores do lado de fora da empresa, que terá apenas a função de gestão.

É o modelo DaaS: Desenvolvimento de alimentos as Service, que já é uma realidade para muitas empresas, e irá se estabelecer como modelo principal no futuro – pelo menos para quem quiser continuar gerando inovação relevante.

Se você está pensando em trilhar esse caminho, no qual eu já estou desde 2016, vale a pena considerar esses 6 fatos que não lhe contaram sobre consultoria de desenvolvimento de alimentos.

1. Você não vai desenvolver todos os alimentos processados que existem

Eu me lembro que uma das maiores inquietações que eu tinha ao começar o Sra Inovadeira e a Tacta (uma dúvida que me impediu de começar muito antes) é que eu pensava que teria que estar apta a desenvolver qualquer alimento que aparecesse pela frente.

(É um pensamento até meio megalomaníaco, se for considerar, como se ao começar uma empresa de consultoria a gente realmente conseguisse abordar todos os possíveis clientes assim, de cara.)

Não, você não vai desenvolver todos os alimentos. Você tem experiência em alguma categoria e – se for esperta – vai fazer o seu marketing pensando nessa sua força. Então os alimentos que você vai desenvolver pertencem a categorias que você conhece. Pode fazer mais do que isso? Claro que sim – mas eu lhe recomendo formar parcerias para resolver projetos que você não domina.

Lembre-se: um cliente de consultoria contrata domínio. Se fosse para desenvolver um alimento sem conhecer dele, ele mesmo faria.

2. O cliente espera ter controle sobre o processo de desenvolvimento

Bem diferente do que acontece em uma empresa, o cliente estará muito envolvido no processo de desenvolvimento. Clientes vão querer receber status semanais, vão pedir reuniões periódicas, vão querer estar junto com você no processo de desenvolvimento. Para muita gente que vem de P&D, pode inclusive parecer uma perda de liberdade – afinal, em P&D a gente fazia o projeto e só no final (ou em momentos específicos) chamava mais gente para avaliar, criticar e aprovar o que estava sendo feito.

Essa não é bem a realidade das consultorias de desenvolvimento – e é importante que você perceba que o cliente, além de ser a parte interessada, é um grande aliado no projeto. Ele pode fazer parte dos testes, pode ajudar a encontrar fornecedores, pode conduzir análises sensoriais. Sem dúvida, é uma relação bem mais íntima do que a formalidade e um certo desinteresse que a gente está mais acostumado nas áreas de P&D – pelo menos em empresas médias e grandes.

Lembre-se: o projeto de desenvolvimento é um dos projetos mais importantes deste cliente. Muitas vezes, o que dará início a sua empresa: o interesse e a intimidade serão inerentes.

3. Todo mundo quer o produto para ontem

Como já falei no fato anterior, cada projeto de novo produto de uma Consultoria é muito importante para o Cliente. Isso, além de gerar um maior desejo de controle, também traz muita ansiedade. A consultoria é paga por projeto, ou por hora, e a ansiedade toma conta enquanto o produto ainda não surgiu.

Administrar essa ansiedade é que são elas.

Nesse ponto, Consultoria de Desenvolvimento e área de P&D são iguaizinhas: por que você ainda não desenvolveu o produto que eu estou lhe pedindo agora? Hein? Hein?

Aqui neste Reels eu deixei algumas dicas de como lidar com clientes mais ansiosos (carinhosamente <3 chamados de infernais, mas eu os amooo).

Lembre-se: tenha bem costuradas as etapas do projeto no contrato e com o cliente, especialmente aquelas que não podem ser de forma alguma ignoradas, pois afetam a qualidade do resultado do projeto. Pressa todo mundo tem, mas ela precisa ser acompanhada de responsabilidade – e você, como especialista no tema, precisa ser capaz desta argumentação técnica.

4. Você pode desenvolver alimentos sem ter um laboratório todo equipado

Outra superdúvida que sempre aparece nos nossos cursos voltados aos consultores de desenvolvimentocomo eu vou desenvolver sem um laboratório? Quem vem de P&D muitas vezes está habituado a ter balanças, alguns equipamentos de produção, bancadas, pHmetro à disposição, e pode ficar paralisada pensando que sem isso não consegue desenvolver nada.

Ledo engano.

Se a indústria de alimentos é uma grande cozinha, eu aposto que a maior parte dos alimentos processados você consegue agora mesmo reproduzir aí na sua. Aliás, esse é um dos grandes aprendizados que os alunos nos relatam após terminar o Desenvolvimento de alimentos as Service: eles nunca pensaram que seriam capazes, com o que tinham, de desenvolver alimentos. Mas foram.

É claro que ninguém aqui está falando de desenvolver uma nova linha de fosfatos ou de carne cultivada. É provável que você tenha que estabelecer uma rede de parceiros para dar conta de projetos mais complexos do que aqueles que consegue tocar da sua cozinha (aliás, este é um dos exercícios que os alunos resolvem no curso!).

Lembre-se: protótipos simples podem sim serem feitos em uma bancada (que no final das contas, não é tão diferente assim da sua cozinha), porém para informações mais robustas sobre o processo, você precisa dos testes em planta-piloto e industriais.

5. Talvez você não veja o produto na gôndola

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Para tristeza de tantos consultores de desenvolvimento, muitos projetos ficam engavetados, mesmo que o alimento tenha sido maravilhosamente desenvolvido, inclusive no prazo. Vários fatores podem levar a este desfecho: mudanças no mercado, na legislação, na estratégia da empresa, desavenças entre os sócios, variações de preço de matéria-prima, entrada de concorrentes. Situações que fogem ao controle da Consultoria e que infelizmente podem significar que o produto lindo e maravilhoso nunca veja a luz do dia.

Paciência. Vida que segue, aprendizados.

Lembre-se: o projeto não é seu, é do seu cliente.

6. O contrato da consultoria de desenvolvimento é diferente daquele de Qualidade

Caso a sua empresa já tenha um modelo de contrato padrão, fique atenta! O contrato de desenvolvimento de produtos tem características diferentes daquele que usamos para projetos de Qualidade. O que deve ser levado em consideração:

  • que o prazo de término do projeto é apenas uma estimativa;
  • que um briefing detalhado deve fazer parte do projeto;
  • que o produto desejado no briefing pode OU NÃO ser alcançado;
  • que o cliente pode desistir do projeto a qualquer momento, o que não lhe isenta de pagar a consultoria (a menos em parte, e você terá que decidir que parte será essa);
  • entre outras peculiaridades de um projeto de inovação.

Outra coisa: não caia no erro de ter este contrato escrito de qualquer forma – você não implantaria o HACCP numa fábrica de orelhada*, nem sem pessoas habilitadas para isso. Os contratos entre empresas são regidos pelo nosso Código Civil: procure um profissional para lhe assessorar na construção dos termos que melhor irão proteger a sua empresa nesta relação.

Como Consultoria de Desenvolvimento de alimentos é um setor muito específico, é possível que os advogados não tenham experiência específica com ele. Portanto, é importante que você faça um exercício prévio dos riscos que precisarão ser mitigados via contrato, e dos tipos de relação que pretende ter com seus clientes (um exercício que a gente faz com os alunos de Desenvolvimento de alimentos as Service).

Lembre-se: o contrato é seu grande aliado e deve ser redigido por uma advogada.

Tudo isso é também para lhe dizer: se joga! Há um mundo de oportunidades aguardando por você na consultoria de desenvolvimento, um mercado que precisa muito de visionários de alimentos espertos que possam ajudar a fazer nascer novas empresas ou a aumentar o portfólio de empresas existentes.

Agora, conta para mim nos comentários: o que mais lhe chamou a atenção? Que aprendizado você já teve nesta caminhada que pode ser útil para outras Visionárias de Alimentos? O que lhe abriu a mente?

*de orelhada: algo que se faz sem ter a mínima noção de como se fazer, falar só de ter ouvido dizer, sem experiência no tema. Menos do que amador. Aquilo que eu não espero de Visionárias de Alimentos.

Quer continuar lendo sobre o tema?

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O curso Expedição por P&D – Gestão de Processos já formou mais de 450 visionários de alimentos. Na jornada, conduzida pela fundadora do Sra Inovadeira, Cristina Leonhardt, vamos falar sobre as funções de P&D, qual o papel dessa área para um empresa, discutindo design de processos, abordando desde como você deve planejar sua equipe, até recursos e relação com fornecedores. Vamos nos aprofundar muito em inovação, discutindo tópicos como inovação aberta e gestão de portfólio.

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2 respostas para “6 FATOS QUE NÃO LHE CONTARAM SOBRE CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO DE ALIMENTOS”

  1. Iluir Zanoncine disse:

    Fiz uma leitura rápida de alguns conteúdos.
    Pelo pouco que vi, muito bom.
    Parabéns.

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