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Hoje temos um novo post da coluna Direto de P&D. Uma coluna para retratar os questionamentos, aprendizados e conselhos de quem está com as duas mãos na massa – VOCÊ! Tem um ponto de vista sobre os assuntos que rodeiam essa área apaixonante de criação de alimentos e gostaria de publicar aqui? Manda seu texto para mim – você pode publicar como um convidado ou até virar nosso colunista 😉
O texto de hoje é da nossa professora Eloisa Espinosa que, após uma bem sucedida carreira corporativa, na qual chegou a ser uma das poucas Diretoras de P&D que existem no Brasil (na maior parte das empresas, esta carreira chega ao nível de gerência no máximo), aventura-se no empreendedorismo. Suas reflexões sobre carreira e negócio valem a pena.
Eloisa é professora do módulo de Prototipagem de Alimentos na Tacta Food School.
Eu não acredito em coincidências e adoro o jargão “nada acontece por acaso”!
Me formei engenheira de alimentos em 1994 (sim, parece que pisquei e em dezembro celebrarei as “bodas de prata” da minha profissão!). Após 23 anos de experiência na Indústria de Alimentos construindo e liderando equipes de P&D no Brasil e outros países da América Latina, terminei 2017 como uma executiva realizada que havia construído uma sólida carreira em gestão da inovação, desenvolvimento de negócios e pessoas. Mas que estava infeliz e desgastada com seus últimos anos vividos no piloto automático dentro de uma bolha corporativa e naquele momento, desempregada.
Meu um ano sabático foi um tanto conturbado no âmbito político-econômico do país. Aconteceram greves, paralisações, copa do mundo e as tumultuadas eleições presidenciais. Eu tive oportunidade de me permitir desacelerar porque o mundo estava desacelerado…
Então aproveitei para fazer coisas que não fazia há muitos anos…comecei por “fazer nada”, levar minha filha na escola, dormir, ler livros, assistir filmes, contemplar a vista da minha sacada, cultivar plantas diferentes do cactos (que era a única que sobrevivia aos meus maus tratos!), fazer atividade física e estar mais próxima dos meus amigos & família.
Me afastar da rotina alucinante que eu vivia foi chave para eu perceber o quanto estava distante dos meus valores e me reconectar à eles!
Aos poucos fui recarregando minhas baterias e me sentindo pronta para voltar à “civilização”. Neste momento, descobri que a minha essência estava lá, intacta e cheia de energia para me atualizar. Resgatei minha mentalidade de aprendizado, me joguei em palestras, livros, cursos e workshops de assuntos variados; saí da bolha e redescobri o mundo. Estudei sobre a revolução digital, mindfulness, mundo VUCA, startups, internet das coisas, design thinking, novas formas de ver e fazer inovação.
Mudei a forma de eu lidar com o trabalho. Comecei a trabalhar de um co-working alguns dias da semana, mergulhei nos Ted’x, Talks, Webinarios e nos EAD’s. Aos poucos o futuro incerto foi se desenhando na minha frente quando enxerguei que a minha longa experiência técnica, gerencial e de mercado compunham meu patrimônio independente do crachá ou sobrenome corporativo.
A decisão em empreender aconteceu de forma natural, sem pressão e sem stress. Minha empresa nasceu no início de 2019 com o propósito de conectar Alimentos e Pessoas através Inovação e Treinamento. Estamos realizando muitos trabalhos prazerosos, ajudando empresas de Alimentos a desenvolver seus negócios através da gestão da Inovação, P&D e talento humano.
Sou de uma geração que deixou a universidade com o sonho de construir uma “carreira sólida” numa grande empresa! Não fomos preparados ou “formatados” para empreender na universidade, mas acredito que hoje as novas gerações obrigaram as instituições de ensino a se atualizar, rever conteúdos e introduzir novas disciplinas. Estou aprendendo na prática, já que a empresária nasceu junto com a empresa, assim como a mãe nasceu junto com a bebê há 12 anos atrás. Nada é tão bom que não possa ser melhorado, constantemente.
A importância da rede de relacionamentos (popularmente conhecida como Networking) é vital caso queira ou decida trilhar este caminho. Mas lembre-se que se relacionar é muito mais que ter muitos seguidores no Linkedin (e não interagir com ninguém!)…se relacionar é “desdigitalizar”, tomar café, conversar e trocar experiências boas e ruins “ao vivo e a cores” com outras pessoas.
Estou me adaptando à essa nova e deliciosa vida em modo beta, constantemente evoluindo, pensando e fazendo tudo ao mesmo tempo agora.
É outro modus operandi onde a idealizadora & perfeccionista está dando espaço para a empreendedora que se permite falhar, errar e aprender constantemente com os erros. Cada um de nós é responsável pela vida que tem, pelo trabalho que exerce e pela (in)felicidade que está sentindo. Compartilho aqui alguns aprendizados sobre a conquista desta “autoresponsabilidade”, que adquiri nestes últimos meses de estudo e reconexão:
Depois de tudo isso estou aqui muito feliz e com meu repertório repaginado & atualizado. Trabalhando em P&D com diversas empresas nacionais e multinacionais e pronta para inspirar e encorajar outros profissionais!
Ousem, se permitam ultrapassar seus próprios limites, não desanimem, acreditem em seu potencial de realização, não se acomodem em seus laboratórios e aventais brancos (rotina), enfrentem os períodos difíceis e desafiadores como oportunidades reais de crescimento e reinvenção.
Não existe falta de oportunidade, mas sim falta de atitude e escolhas erradas.
Não tenham preguiça de ir ao mercado, entender as necessidades de seus clientes, interagir com fornecedores, visitar feiras, acompanhar as inovações dos concorrentes, fazer cursos de atualização e participar de eventos relacionados ao Food System.
Estamos na era da humanização da Pesquisa e Desenvolvimento, como diz nossa querida Cristina Leonhardt. Temos que entender o cliente (usuário) daquilo que estamos criando e isso não acontecerá se ficarmos reclamando dos chefes e procedimentos nas salas de reunião e plantas piloto.
Estamos vivendo uma transformação do mercado de trabalho: não conhecemos hoje quais profissões existirão no futuro próximo e sabemos que muitas atuais deixarão de existir…então pare de procurar emprego e comece a buscar por trabalho!!!
Eu acredito que o empreendedorismo é mais interessante para o tipo de profissional que se sente “podado” nas empresas. Quem tem certeza de que poderia fazer muito mais, que tem mais competências do que de fato usa, e que passa o tempo todo sendo lembrado de não meter o nariz onde não é chamado.
(#meucaso #meusexcolegasmeaguentavam)
Uma empresa pode ser criada justamente para acomodar todas essas competências incríveis e únicas que só você tem – como manjar um monte de engenharia de alimentos e também tocar sax. Aliás: é nesta intersecção das coisas que está a inovação. Eu já falei de como a Sra Inovadeira foi criada para acomodar todas as minhas competências aqui.
A minha sugestão? Não espere ser demitido para dar este passo. Planeje antes.
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Sem spam. Só inovação.
Maravilhoso post!!! Adorei suas colocações Eloísa… vou levar muitas de suas observações para minha vida! Sucesso!!!
Alê querida!
Obrigada por seu comentário e se minha memória não falhar arrisco dizer que sei bem quem você é…Estudamos na mesma escola no Ipiranga (em turmas diferentes, claro!) e depois você fez Engenharia de Alimentos também na mauá como eu…. Acertei?
Grande beijo, Elô