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Entre 12 e 15 de junho de 2024, aconteceu a maior feira do universo de saudáveis e naturais da América Latina – a Naturaltech. Junto a ela, ocorre a Biofach América Latina, focada em orgânicos. Estive 2 dias nas feiras, mapeando lançamentos e codificado os sinais relevantes para o mercado de alimentos: sobretudo para quem está testando o seu futuro.
Mais de 700 expositores estavam expondo: a Naturaltech é sempre um local relevante para observar as dinâmicas de inovação de alimentos no Brasil.
Para encontrar insights relevantes, temos que ir além do óbvio e perceber aquilo que é o cenário, o pano de fundo e o roteiro que empregam os diferentes atores ali presentes. Compreenda comigo 3 insights de inovação de 2024: uma leitura abdutiva crítica realizada na Naturaltech e Biobrazil Fair.
E não, não vamos falar de proteína, nem de pistache.
Proteína é dominante na
Proteinotech
Suplementotech
Tudodocetech
Tudo isso já está muito avançado na curva de difusão da inovação – o que quer dizer que todo mundo já está usando/comendo/produzindo alimentos assim. Não vale mais como insight.
O mercado brasileiro carece de uma definição do termo natural, no contexto de alimentos. Em 2015, o FDA abriu uma consulta pública sobre o tema, mas não ofereceu um parecer final.
Se a definição do dicionário Oxford para artificial é “produzido pela mão do homem, não pela natureza”, nenhum produto da feira – a não ser nas barracas de frutas e verduras – é natural.
No Brasil, natural virou sinônimo de saudável – não é à toa que a Classificação NOVA surge no Brasil. Associar naturalidade à saudabilidade está embrenhado na nossa cultura alimentar.
A interpretação que se dá a “natural” é que são elas. No livro “As Ciências do Artificial“, o cientista político e vencedor do Prêmio Nobel Herbert Simon recomenda:
Portanto, também devemos ter cuidado ao equiparar “biológico” com “natural”. Uma floresta pode ser um fenômeno da natureza; uma fazenda certamente não é. As próprias espécies das quais dependemos para nossa alimentação, nosso milho e nosso gado, são artefatos de nossa engenhosidade. Um campo arado não é mais parte da natureza do que uma rua asfaltada e nem menos. Herbert Simon
A saturação de de empresas com este atributo de inovação e a Naturaltech só crescem.
Receitas tradicionais, ligadas ao território, também se conectam ao campo da saudabilidade – e são mais facilmente demonstráveis do que a naturalidade.
Um bom exemplo é a Lano Alto, que “faz produtos feitos para não durar” e foca na recuperação de receitas tradicionais sudestinas de laticínios. A empresa estava expondo pela 1ª vez este ano na Naturaltech.
O Brasil carece de uma feira de especialidades alimentícias, como a Fancy Food.
Na sua falta, marcas de produtos especiais (também entendidos como gourmet ou premium – não me matem, pessoas de Regulatórios) aparecem na Naturaltech – lado a lado de polivitamínicos, shakes de proteína e geis de carboidrato.
Parece, para mim, dois contextos bastante diferentes. O que a feira tenta fazer, na minha perspectiva, é matar 2 (ou 3, 4) coelhos com uma cajadada só. Por isso que é tão estranho ver em uma mesma feira chocolates premiadíssimos empregando ingredientes muito exclusivos e o Hulk caminhando.
Será que as marcas de especialidades estão se expondo para o público correto?
Praticidade e atendimento a uma comunidade específica, como os montanhistas, é a aposta da Lyovibes, empresa gaúcha especializada em liofilização.
A aposta deste ano tem um dedinho meu: a sugestão de afundar o pé no acelerador para este público especializado, que já consumia os produtos da empresa, veio durante uma Inovisão da Caixa da Inovação 2023.
Não seja uma empresa genérica: seja um negócio muito especial para seu grupo.
Surpreende o crescimento de marcas que buscam capturar atributos relacionados à Amazônia – estejam elas situadas no território, ou não.
Apesar de ter 5 biomas distintos, parece que para o mercado de alimentos, o Brasil natural é o Brasil amazônico.
E se você não estiver na Amazônia? Acabou o Brasil?
Poucas marcas buscam conexão direta com seu próprio território – deixando de empregar a sociobiodiversidade em que estão imersas como fonte de inovação.
(Aliás, a Fortaleza do Território faz parte da nossa metodologia DNA de Inovação, que ajuda as empresas de alimentos a definirem uma Estratégia de Inovação que faça sentido para a sua cultura, negócio e segmento. É a Fortaleza que mais gera incompreensão pelos times estratégicos destes negócios.
Por estarem muito distantes da realidade do seu próprio território?
Ou por sentirem medo de se tornarem regionais caso o façam?)
O que há de único no seu negócio e no seu território?
Para a Terra Conquistada, marca dos produtos da Reforma Agrária no Ceará, é a combinação do processo social de assentamento, a biodiversidade da Caatinga e a cultura alimentar brasileira.
Paçoquinha de castanha de caju – mais uma delícia da nossa terra.
3 tendências que se resumem em: ampliar o escopo dos negócios. O Food Design é uma lente poderosa para “rever” e “reenquadrar” os desafios da área de alimentos, por perspectivas mais abrangentes, que considerem o ser humano, a empresa, a sociedade e o planeta em suas propostas.
A Caixa da Inovação é mais maravilhosa porta de entrada para compreender a inovação de alimentos no Brasil.
E vai muito além da CAIXA DA INOVAÇÃO!
Aprenda a mapear atributos de inovação e sensoriais, se inspire com os bastidores das marcas mas inovadoras do mercado, faça networking com gente que manja tudo de inovação de alimentos – entre outras experiências relevantes para o seu futuro.
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Como desdobrar os insights no seu negócio, e ser único em um mercado saturado?
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Quer conferir se meus insights são poderosos? Veja a minha análise da Naturaltech 2023 e faça sua análise.
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