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Novos negócios surgem o tempo todo no mundo, mas nos últimos anos estamos observando uma avalanche de novas ideais chegando ao mercado. Empreendedores mundo afora vem dando asas a sua imaginação e trazendo produtos inusitados para as nossas prateleiras. Eles observam uma necessidade, agarram-na e buscam os recursos necessários para torná-la lucrativa.
São mentes jovens em busca do novo e trabalhando com propósito. Essas pessoas estão colocando ideias em ação e buscando soluções para o planeta.
E como está sendo a vida desses que não estão no mundo a passeio? Quais as mudanças que eles estão trazendo para a área de alimentos?
Falar de empreendedorismo é falar de inovação, e inovação é o que mais queremos ver na área de alimentos. Nessa coluna vamos conversar com empreendedores que estão trabalhando dentro desse mundo, e conhecer quais são as dores e amores daqueles que estão se aventurando em Negócios Criativos de Alimentos.
Sou Fabricio Goulart, porto-alegrense. Cresci dentro de uma cozinha, vendo minha tia e avó cozinhar, e sempre comendo suas delicias. Sou formado em Marketing e MBA em gestão estratégica, estudei gastronomia no SENAC RS em 2012.
Larguei a carreira de TI depois de 8 anos na Dell Computadores e decidi imergir na gastronomia. Viajei para Vancouver no Canadá onde me desenvolvi profissionalmente, depois de 1 ano e meio, passei mais 30 dias na Tailândia para aprimorar meus conhecimentos em gastronomia e então voltei para o Brasil. Aqui assumi um restaurante, participei de diversos festivais de rua de burgers e gastronômicos.
Em 2015, me mudei para São Paulo, onde estagiei no DOM do Alex Atala, passando pelo time de consultoria do MasterChef II.
Ainda em 2015 abri o Feitosa Foodtruck onde vendia Poutiine um prato canadense com a sua receita de catchup de banana. Em 2016 fechei a operação e criei a marca FEITOSA GOURMET, com seis molhos a base de bananas. Nesse mesmo ano participei do SHARK TANK, e comecei a profissionalizar o negócio, o primeiro cliente do Feitosa Gourmet foi a rede ZAFFARI BOURBON.
A ideia nasceu em 2014 quando retornei para o BRASIL, após conhecer diversos molhos com uso de frutas. Com essa base de ideias, em um festival de burgers fiz uma receita de catchup de banana e partir desse momento comecei a usar e criar minha identidade.
Ser a maior empresa de produtos processados a base de bananas do mundo.
Nossa… é desafiador, mas ao mesmo tempo, gratificante. Pensei muito ao criar esse produto. Meu propósito era colocar algo que fosse real para as pessoas e que trouxesse sabor e também saudabilidade para quem consumisse. Colocar no mercado algo que não existe, é como criar uma nova necessidade, uma nova onda, e isso requer muita paciência e persistência.
Usamos um produto popular, a banana, mas de maneira diferente, em molho, e sem adição de conservantes e químicos, apenas com ingredientes naturais.
Hoje, com tanta informação sobre a alimentação, as pessoas acreditam que estão comendo de maneira errada, mais artificial do que natural. Nós acreditamos que podemos fazer algo de verdade, artesanal, com sabor e criatividade!
Não sabia como atingir o público alvo, que são as pessoas que buscam alimentos menos processados e mais saudáveis. Meu contato até então era apenas com pessoas em busca da indulgência nos restaurantes e Food Trucks.
Aprendi que destacar as qualidades e os benefícios do produto, como artesanal e autêntico, ajudaria a alcançar esse público. As degustações em lugares de massa também foram importantes, pois ajudaram a me aproximar dos consumidores.
Inicialmente foi próprio.
Dei um legitimo “all in”, apostei tudo que tinha para colocá-lo no mercado e, com a ajuda posterior de investimentos externos e a entrada de um sócio, a startup conseguiu se posicionar melhor e produzir em grande escala.
O consumidor é o melhor termômetro no processo de desenvolvimento de um produto e dividi-lo por regiões nos ajudou a conhecer melhor a sua opinião.
Por exemplo, para os gaúchos dei foco em degustações com carnes e assados, em São Paulo os catchups acompanharam produtos naturais e sem glúten, em Manaus foram apresentados em cozidos e sanduíches e os cariocas conheceram a Feitosa Gourmet nos vegetais e produtos integrais.
Primeiramente o que me fez inovar e empreender foi a necessidade. Estava precisando ganhar dinheiro e não queria ser mais um no mercado, queria ser alguém que fizesse algo fora da curva e que trouxesse uma experiência diferente, e consequentemente ganhasse dinheiro com isso.
O que mais me encorajou foi o fato de criar algo diferente, bom, justo, limpo que trouxesse benefícios ao consumidor.
Empreender não é nada fácil, ainda mais quando se cria algo novo, que o mercado não pediu. Mas sim, nós criamos a necessidade.
É preciso ter um bom planejamento com Plano A e B sempre, ir se remodelando ao longo do tempo e, por último e não menos importante, acreditar na sua ideia e defendê-la.
A melhor pessoa para falar do seu produto é você mesmo, pois tem amor e paixão por ele. Empreender me ajudou a ser uma pessoa melhor, ser calculista, e também me deu liberdade, pois pra mim, fazer o que ama é ser livre.
Estamos mapeando a inovação de alimentos realizada por empreendedoras e empreendedores visionários no mundo todo. Negócios que buscam novas relações com a comida, com o usuário, com a natureza e com o dinheiro serão capazes de mudar também o que o público pensa da indústria de alimentos.
Tem um negócio criativo em alimentos que merece estar aqui? Nós queremos lhe conhecer! Entre em contato conosco.
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Sem spam. Só inovação.
Molhos naturais feito de fruta brasileira, estou dentro!!!