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Esses dias, em uma palestra, um senhor levantou a mão e me perguntou: “você fala tanto de inovação, mas eu ando no supermercado e não vejo nada novo. Cadê a inovação de que você está falando?“. A pergunta veio em boa hora, já que eu havia recém finalizado a nossa jornada da Caixa da Inovação 2024: tinha 18 produtos inovadores fresquinhos na mente para dar de exemplo. Usei apenas 3 para ilustrar meu ponto: se a gente não faz pesquisa ativa de inovação, é provável que só veja produto antigo.
(Isso é explicável pelo nosso adorável viés de disponibilidade, um dos vieses e heurísticas propostos por Tversky & Kahneman*, lá em 1974. Esta perspectiva comportamental foi tão importante para a economia que Kahneman ganhou um Nobel em 2002).
Isso é péssimo para quem toma decisões estratégias nas empresas. Esse senhor certamente vai descredenciar a maior parte dos esforços internos de inovação, sob a percepção de que “ninguém inova, por que nós iremos inovar?“. É evidente que não é verdade: todos os anos, centenas de empresas brasileiras de alimentos lançam milhares de produtos novos (em todos os níveis de inovação). Ficar parado, neste mercado, faz a empresa ir se tornando cada vez mais irrelevante.
A Caixa da Inovação tem como principal objetivo furar essa bolha de percepção seletiva e mostrar que há sim muita inovação significativa no mercado de alimentos. Muita gente – de todos os tamanhos – fazendo coisas bem incríveis. Uma galera muito ousada que merece ganhar palco e destaque neste ecossistema.
Eu venho fazendo uma curadoria dos lançamentos mais inovadores de alimentos para Caixa da Inovação desde 2018. Ao longo deste tempo, pude observar com bastante proximidade as dores e as delícias dos lançamentos de alimentos mais inovadores do Brasil.
A Caixa da Inovação começou como Mesa da Inovação, dentro do evento Horizonte Food, da minha anterior empresa. Desde sua primeira edição, era evidente que aquele momento do evento causava grande comoção no público.
Em 2023, ela se transformou em um evento único, só seu – é quando nós aprofundamos o olhar sobre como e por que aqueles produtos selecionados na Curadoria daquele ano estavam ali.
A Caixa da Inovação é muito mais do que uma Caixa com os lançamentos mais incríveis do Brasil. Ela é um evento de imersão na inovação de alimentos no Brasil, em que a gente destrincha as camadas de valor dos produtos da curadoria, através de 3 grandes experiências:
1: A Caixa da Inovação com os produtos da Curadoria, que representam uma fotografia da inovação em produto do mercado de alimentos daquele ano em 15 categorias diferentes, com empresas representando as 5 regiões do país. A Caixa é entregue na casa dos participantes e já pode ser aberta – mas recomendamos deixar alguns produtos para a degustação guiada!
2: A Avaliação Sensorial e de Inovação é um evento ao vivo conduzido por mim e pela nossa parceira Tati Ribeiro. Vamos degustando produto a produto e ensinando a analisar sensorialmente produtos inovadores e destacando os atributos de inovação e as histórias por trás de cada produto. Esta superaula de inovação fica gravada** para ser assistida por 12 meses.
3: As Inovisões**, em que conhecemos a galera incrível que está por trás dos projetos dos produtos da Curadoria do ano. Nestas entrevistas, conhecemos empreendedores, profissionais de P&D e Marketing que estão fazendo a diferença e inovando hoje. A gente descobre os bastidores e contextos que levaram ao desenvolvimento dos alimentos mais inovadores do ano: verdadeiro conjunto de boas práticas de desenvolvimento e lançamento de produtos no Brasil!
Observar continuamente o que as empresas brasileiras lançam (e os que está por trás destes lançamentos) me trouxe muitos aprendizados – que podem lhe ajudar a entender as dinâmicas de inovação do mercado de alimentos e a repensar as suas estratégias.
Para entregar os produtos mais incríveis da Caixa da Inovação, nós acompanhamos lançamentos de empresas de alimentos de todo o Brasil, todos os dias, em 15 categorias (alguns anos, já tivemos 18). E olha, tenho que admitir: não é fácil encontrar inovações significativas em óleos e gorduras no varejo. Outra categoria que eu considero pouco inovadora – sem querer gerar discórdia – é chocolate. Eu acredito que há atributos de inovação bem mais interessantes do que apenas fazer inclusões.
Mas tivemos alguns bons exemplo ao longo dos anos, como o óleo para bolos da Liza e o chocolate branco com pistache caramelizado, da Maré em collab com a Naveia.
Em 2025 recebemos questionamentos a respeito de alguns dos produto selecionados. Afinal de contas, por que aquele produto seria “‘inovador”? Em um texto que será publicado em breve, eu compartilharei a nossa jornada da Curadoria da Caixa da Inovação: o passo a passo de como fazemos a nossa seleção, quais são os critérios que usamos e como conseguimos capturar inovações do Brasil todo. Já adiantando: eu vejo o produto como um todo. Como ele é produzido, como ele é distribuído, como é comunicado, a quais serviços da empresa está atrelado, como foi desenvolvido. O que menos importa para mim é uma fórmula cheia de ingredientes milagrosos (ou um biscoito recheado de morango): eu tenho um olhar holístico para a inovação, quero saber quais histórias este produto está contando.
Mas pouca gente tem este olhar treinado – por isso, muita gente se surpreende na Live de Degustação da Caixa da Inovação, em que a minha parceira Tatiane Ribeiro e eu analisamos os atributos sensoriais e de inovação de cada produto. Nesta hora, muita gente boa de P&D, Marketing e Inovação descobre que há atributos de inovação que não estavam sendo considerados em seus próprios produtos.
Foi o caso da Compotas Ibá: que a princípio produz geleias com pouquíssimos ingredientes. Mas elas vêm em uma bisnaga, que conversa com o mercado de luxo, mas também permite que restaurantes e hotéis ofereçam geleias de uma forma mais higiênica. O que já conversa com o mercado de celíacos e alérgicos.
Além de deliciosas, foi nas Inovisões que descobrimos que as farofas de amendoim da Santa Helena tinham sido desenvolvidas no contexto da pandemia, dentro do programa de solidariedade da empresa – o que é uma lição muito relevante para quem está pensando em como estimular visões criativas dentro da sua empresa.
Um produto que exemplifica bem esta questão é o macarrão instantâneo da M. Dias Branco (que aparece nas marcas Adria e Isabela): muita gente não entendeu qual era a inovação até saber que é produzido sem fritura e o condimento tem 25% menos sódio do que o padrão.
Em 2024, me ligou a fundadora de uma marca de sorvetes dizendo que tinha sonhado comigo – me questionando sobre como assim, o seu produto tão inovador (é mesmo!) não estava na curadoria daquele ano? Ela tem razão: a gente precisa resolver a questão logística para conseguir incluir produtos das cadeias refrigerada e congelada. Quem sabe um evento presencial em 2026?
Era um efeito que eu imaginava já em 2018: estar na Caixa da Inovação começaria a ser um desejo para as marcas – especialmente para as marcas nascentes. Afinal, a Caixa da Inovação é o único projeto no Brasil que coloca lançamentos na mão do público que mais importa neste estágio: os early adopters. A gente tem até pesquisa com os participantes para saber que eles têm este comportamento.
Chacrinha vaticinava que, aqui, “nada se cria, tudo se copia”. Neste mapeamento perene desde 2018, é o que vemos: as empresas brasileiras de alimentos estão paradas, esperando alguém lançar para copiar. Quer um exemplo clássico? Pistache. A quantidade de empresas que lançou produtos sabor de pistache ao mesmo tempo só tem uma explicação: elas não estavam preparando mais nenhum outro lançamento significativo.
Para mim, a Caixa da Inovação é uma ação para prestigiar quem fazer trabalhos autorais, como o pessoal da Manioca, da Lyovibes, da Mombora e da Granosquare. Quem se esforça precisa ganhar palco – e eu sei que você também está atrás dos produtos mais criativos do mercado.
Contrariando os amantes do MBA em 3 dias, eu venho descobrindo nas Inovisões que a maior parte dos produtos da Caixa da Inovação levaram tempo para serem desenvolvidos. Lançar produto rápido para pega a onda pode ser interessante em alguns contextos estratégicos, mas produtos significativos, cuja inovação tenha chance de ser reconhecida no mercado, precisam de tempo para serem desenvolvidos.
Podemos falar do óleo da Liza – um produto de tecnologia simples, não é? – que levou 2 anos em desenvolvimento, porque a empresa queria ter certeza de que ele iria performar bem nas diferentes aplicações em que seria usado nas cozinhas brasileiras. Ou então do milho de pipoca orgânica do Projeto Crioulo, fruto do trabalho de resgate de sementes crioulas da Fazenda Vista Alegre. Ou então da farinha de trigo Origem, para pães de longa fermentação da Irati (que também ganhou o prêmio de 2º ingrediente mais inovador do Brasil na FISA em 2020), que resume mais de 20 anos de experiência em segregação de trigo da moageira. Também estou falando da linha Incrível da Seara, que levou 3 anos para ficar pronta.
É realmente um projeto apaixonante e que revela muito sobre as dinâmicas do mercado de alimentos brasileiro!
A Caixa da Inovação 2025 vem aí: dia 01/09/25 abriremos as inscrições para quem quiser participar deste movimento.
No momento, você pode participar de duas formas:
Se você quiser receber a Caixa da Inovação 2025 ou levar esta experiência para o seu time na sua empresa, clique na imagem acima e entre na nossa lista de espera. São apenas 100 vagas para esta experiência única de inovação de alimentos em 2025.
Aguardo você do lado de cá da inovação.
* Leia sobre os vieses e heurísticas humanas diretamente na fonte.
** A gravação da Degustação Guiada e as Inovisões estão disponíveis apenas nos planos Umbu e Butiá.
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