fbpx » AVALIAÇÃO DE BOAS PRÁTICAS NO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS
Estratégias de P&D

AVALIAÇÃO DE BOAS PRÁTICAS NO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS

Postado em 30/06/2022 por Cristina Leonhardt
Compartilhe

Quer saber se a sua empresa tem um ambiente propício para o desenvolvimento de novos produtos e a inovação? Então você precisa de uma ferramenta de diagnóstico das práticas – e é sobre isso que este artigo trata. Vou discutir aqui como podemos identificar as melhores práticas de desenvolvimento de novos produtos, e onde estas práticas devem acontecer. Ao final, vou lhe entregar uma ferramenta de avaliação para você fazer o seu próprio diagnóstico do processo de desenvolvimento.

Mas antes, tem causo. Eu vou lhe contar sobre a vez em que eu fui trabalhar em uma empresa que não tinha uma cultura de desenvolvimento de produtos disseminada.

P&D sozinho não faz verão

Em certo momento da minha carreira, fui convidada a assumir um cargo de Gerência de P&D em uma empresa nova. Até então, seu portfólio era de apenas 2 produtos – ambos derivados da mesma matéria-prima. O know-how todinho da empresa (que não era pouco) estava voltado para a fabricação destes produtos.

Qual era a minha missão? Ampliar o leque e desenvolver novos produtos a partir daqueles primeiros 2. Com isso, o número de matérias-primas iria aumentar, novos processos produtivos seriam empregados e, claro, novos produtos surgiriam para (possíveis) novos clientes.

O que eu pensei que era mamão com açúcar logo se tornou um pesadelo. Um exemplo bem emblemático estava lá em Compras. Até a minha chegada, o que este comprador comprava? Lubrificante, peças, material de escritório, material de limpeza, comida para o refeitório – tudo o que eram insumos não-produtivos. Com os novos produtos, o comprador, que no máximo falava com alguém da capital do Estado, começou a ter que encontrar e negociar com fornecedores de todo o país (e alguns de fora).

O nível de responsabilidade nos ombros deste comprador também subiu: se antes uma compra atrasasse, era um prato que não era servido no refeitório ou a Manutenção brigando com ele porque não dava conta de fazer corretiva. Com os novos produtos, ele tinha que pensar em estoque mínimo e máximo, em prazo de entrega, e as suas negociações afetava diretamente a margem de contribuição e o lucro da empresa.

Em breve, o comprador percebeu que havia chegado no seu limite de competência. Que não tinha as habilidades necessárias para dar conta do riscado. Que a sua experiência prévia lhe apontava estratégias que não serviam para estes novos processos com que estava lidando.

Isso estava distribuído por toda a empresa. Qualidade nunca tinha feito recebimento de nenhuma daquelas 50 matérias-primas que os novos produtos usavam. Vendas não entendia como vender aqueles produtos. A Alta Gestão não fazia ideia de como apoiar o processo de desenvolvimento – já que, bem dizer, durante muito tempo até ali não havia propriamente um.

Era para ser desenvolver uns 10-30 novos produtos.

Eu só não sabia (naquela época) que desenvolver produtos em uma empresa que não dominava aquela tecnologia (por mais simples que ela fosse) era sinônimo de desenvolver uma nova empresa. Sobrava trabalho e mudança para todos os setores. Para você ter uma ideia, tivemos mudança até na Portaria.

Definitivamente, era uma empresa em que não havia uma Cultura de Desenvolvimento de Produtos disseminada. Ninguém sabia ali o que era realmente desenvolver novos produtos. A minha missão, naquela época, virou evangelizar sobre o tema.

O esforço que uma pessoa sozinha precisa fazer para mudar a mentalidade de uma organização inteira não é pequeno. Sabendo o que eu sei hoje sobre Inovação e Pesquisa e Desenvolvimento, eu teria adotado outras estratégias.

Para P&D ter sucesso, precisamos de uma cultura de desenvolvimento espalhada por toda a empresa

Receba insights e boas práticas sobre inovação de alimentos

Preencha o formulário abaixo e receba conteúdo exclusivo sobre inovação de alimentos

Quais seriam elas? Este artigo vai responder.

Como saber se as práticas internas da sua empresa levam aos melhores resultados de desenvolvimento de novos produtos? Esta é uma pergunta que muitos líderes se fazem, dentro e fora de P&D – afinal, não apenas P&D está envolvido no esforço de desenvolvimento de novos produtos (apesar de ser uma das áreas que mais tem responsabilidade nisso). Toda a empresa se envolve nos processos de desenvolvimento de novos produtos, seja através de definição de estratégias, coleta de dados em pesquisas de mercado, ou recebendo os novos produtos para comercialização.

7 dimensões impactam criticamente os resultados de desenvolvimento de novos produtos nas organizações:

  1. Estratégia
  2. Pesquisa de mercado
  3. Comercialização
  4. Processo de desenvolvimento
  5. Clima do projeto
  6. Cultura da empresa
  7. Métricas e mensuração da performance.

Contudo, o a relevância destas dimensões entre si não é a mesma (veja abaixo). Estratégia, por exemplo, é 80% mais importante do que métricas – ou, como diz o dito popular, “para quem não sabe aonde vai, qualquer caminho serve”. Uma organização precisa saber aonde vai, para então as métricas que acompanham o alcance deste lugar façam sentido.

Para realmente ser um esforço com bons resultados, uma Cultura de Desenvolvimento de Produtos precisa permear a organização – de nada adianta um P&D engajado e o pessoal de Compras e Qualidade só cuidar da rotina. Todas as áreas de uma empresa são afetadas pelo desenvolvimento de novos produtos:

  • Controle de Qualidade precisa desenvolver novas práticas de inspeção de produtos
  • Compras precisa negociar com novos fornecedores
  • Logística precisa desenvolver novos formatos de transporte
  • Armazém precisa abrir espaço para e manusear novas matérias-primas
  • Financeiro precisa cadastrar novos NCMs
  • Vendas precisa comercializar novos produtos
  • Marketing precisa desenvolver novas campanhas de lançamento

…para trazer apenas alguns exemplos.

O desenvolvimento de novos produtos incomoda justamente porque força todo mundo a mudar: e o que o ser humano mais gosta é de ficar confortavelmente estabelecido na sua rotina. Não é à toa que muitas das mudanças acima têm que ser implementadas à base de muito fórceps convencimento.

Então, na hora de avaliar se o P&D está “dando certo” ou “se paga”, olhe ao redor. Seus bons esforços em P&D podem estar sendo minados por uma Cultura avessa ao desenvolvimento de produtos. Ou uma Estratégia frágil e sem apoio. Ou até práticas de Comercialização que não apoiam os lançamentos (que nunca viu?).

Eu já lhe trouxe as 23 melhores práticas de desenvolvimento de novos produtos, que foram identificadas a partir de entrevistas com mais de 300 gestores de P&D. A partir destas práticas, desenvolvi um questionário de autoavaliação que você pode empregar para fazer um diagnóstico da dimensão Processo de Desenvolvimento – e saber se esta parte

Para receber o questionário de autoavaliação gratuitamente, inscreva-se abaixo.

Compartilhe esse artigo. Vamos revolucionar o mercado de alimentos!

Juntos podemos causar um grande impacto através de pequenas ações: compartilhe e espalhe a mensagem.

Receba a planilha exclusiva e gratuita para Gestão de Projetos de P&D!

E mais: participe da comunidade privada de +12000 visionários de alimentos que recebe dicas e insights exclusivos.

Sem spam. Só inovação.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba a planilha exclusiva e gratuita para Gestão de Projetos de P&D!