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A inovação aberta é uma das promessas mais excitantes do mundo da inovação. A proposta de abrir caminhos que facilitem e conduzam o trabalho entre organizações e stakeholders externos naquele mercado, de forma a aumentar a velocidade do lançamento de produtos, é tentadora. Há bastante pesquisa acadêmica apontando que a inovação aberta é um caminho promissor para a indústria de alimentos – principalmente quando considerando que organizações mais tradicionais e engessadas não possuem flexibilidade suficiente para acompanhar as alterações do universo de alimentos.
O termo “Inovação Aberta” é razoavelmente recente, tendo sido cunhado por Henry Chesbrough, em 2003 no livro “Inovação Aberta. Como Criar e Lucrar com Tecnologia”. Em oposição à inovação “fechada”, que depende exclusivamente de esforços internos para acontecer, a inovação aberta prevê um fluxo de conhecimento atuando nos dois sentidos (tanto de dentro para fora, quanto de fora para dentro da empresa), que aceleraria a inovação interna e expandiria os mercados de aplicação da nova tecnologia.
Aplicando este conceito de forma mais abrangente, quase todas as empresas aplicam algum nível de inovação aberta em seus processos de desenvolvimento de produtos. A relação com seus fornecedores é o caso mais frequente (como aponta este levantamento dos dados do PINTEC em relação à inovação da indústria de alimentos brasileira), seguidas da relação com clientes diretos e universidade e institutos de pesquisa.
Para ter sucesso nestes processos de inovação colaborativa, alguns fatores são cruciais.
Como encontrar o parceiro correto? Como trabalhar colaborativamente, sem perder a identidade dos parceiros envolvidos – principalmente quando falamos do trabalho em conjunto entre grandes empresas e start-ups? Como criar confiança entre os membros do projeto, de forma a construir um ambiente de troca e produção de novo conhecimento reais?
Plataformas de inovação aberta surgem para tentar encontrar respostas para estas perguntas. Elas atuam usando modelos diversos entre si, na maior parte oriundos das iniciativas de inovação aberta da indústria digital. Os modelos mais comuns são: crowdsourcing, produtos do tipo plataforma (como os sistemas operacionais de telefonia ou o computador de alimentos do MIT), redes de inovação colaborativa e desafios de inovação.
A indústria de alimentos já vem há alguns anos tentando se inserir neste universo. Neste artigo, vamos conhecer plataformas de inovação aberta em alimentos, no Brasil e no mundo, com exemplos mediados pelas próprias empresas do setor ou por intermediários neutros ao processo.
A iniciativa de inovação aberta da Duas Rodas está entrando na sua versão 2.0: é uma grande plataforma de geração de ideias junto ao consumidor, que também pode ser explorada por outras empresas de alimentos interessadas. Este ano, teremos as primeiras ideias ganhando o prêmio de R$10mil, por terem virado produtos reais no mercado. Você já conheceu o funcionamento desta plataforma na entrevista com Fernando de Jesus, gestor da Planta.
A forma da BRF se conectar com startups que propões soluções para os desafios da produção de alimentos em escala global – a empresa busca parceiros com soluções inovadoras na logística, controle de processos, finanças, etc. Você já conheceu o programa de aproximação da BRF com startups nesta entrevista com Kelly Galesi, head do b-Connect.
Em 2017, a Jasmine lançou seu programa de Inovação Aberta, buscando startups em estágio de implementação, com alinhamento ao propósito da empresa. 9 iniciativas foram selecionadas e estão passando no momento pelo programa. Não há informações a respeito de um novo ciclo 2018 do mesmo programa.
(ps.: SGS listada como uma das certificações da qualidade me faz descrer do profundo conhecimento de normas certificadoras que o programa alega ser uma das vantagens para o empreendedor.
SGS é uma empresa, não uma norma certificadora.
A página do programa saiu do ar enquanto esta matéria era escrita.)
A Döhler mantém uma plataforma de Inovação com a filosofia “We bring Ideas to Life”, informando que não há procedimento formal para o relacionamento e estimulando que os stakeholders interessados entrem diretamente em contato. A empresa está interessada em: modelos de negócios digitais, tecnologias inovadoras de produção de alimentos, novos ingredientes naturais e produtos de saúde, nutrição e estilo de vida.
Apesar do contato inicial não ser formal, o programa inclui mentoria, aceleração, venture capital e desafios de inovação.
A Unilever busca parcerias com fornecedores, start-ups, academia, designers e inventores individuais, que podem fazer suas propostas através portal gerido externamente à empresa. Nesta página, a empresa informa quais área de inovação lhe interessam no momento e posta desafios de inovação.
No Brasil, este mês a empresa lançou o programa Lever Up, através da Liga Ventures, um programa de aceleração de 4 meses para startups com MVP funcional ou primeiros clientes, em São Paulo. O programa conta com executivos da Unilever como mentores e tem 9 áreas de interesse: E-commerce, Foods, Ice Cream, Produtividade e Inteligência, Personal Care, Comercial, Sales of the Future, Supply Chain e Excelência em Vendas.
O Lever Up não tem participação societária nas startups, e não oferece financiamento em empresas – o objetivo principal do negócio (e a expectativa da Unilever) é a geração de negócios com a multinacional. O programa tem inscrições abertas até 16 de julho deste ano.
O projeto de inovação aberta da Nestlé honra o nome do fundador da empresa e funciona através de desafios de escopo definido pela empresa. Os projetos selecionados ganharão apoio financeiro de até 50 mil dólares para a prova de conceito e receberão o apoio de um sponsor sênior da empresa.
A iniciativa também cita os casos de sucesso já alcançados desde o seu lançamento. No momento, não há desafios abertos.
Através de um programa de incubação, a ICL Innovation busca soluções tecnológicas inovadoras para os desafios dos mercados de alimentos, agro e materiais de engenharia, a serem incorporados posteriormente nas suas próprias linhas de produto.
Apesar da página estar no ar, o programa, contudo, não parece muito ativo – a última atualização do Twitter foi realizada em maio/17 e, no momento desta matéria, a empresa não estava buscando tecnologias em alimentos. 🙁
As iniciativas independentes são normalmente espaços de aceleração de startups – negócios que ajudam a outros negócios a crescerem, através de programas de mentoria em empreendedorismo e atração de investidores.
Há uma forte valorização da criação de networking entre os participantes, o que colabora para a cultura da inovação aberta. Empresas já estabelecidas têm a oportunidade de participarem como mentoras e/ou investidoras no programa.
Uma alternativa a este modelo são as plataformas de desafio, em que empresas postam seus desafios tecnológicos para serem resolvidos pela comunidade (muitas vezes anonimamente).
A aceleradora global, na qual a nossa colunista Carin Gerhardt trabalha, possui programas de inovação privados e públicos, direcionados a organizações. Apesar de não serem específicos da área de alimentos, estes programas atraem uma boa quantidade de players do setor.
Na etapa de public engagement, a plataforma casa startups com empresas interessadas em seus projetos, que então trabalham juntas e desenvolvem pilotos por 3 meses.
Aceleradora especializada em alimentos, parceria entre a RocketSpace e a Rabobank, a Terra foi desenhada para ser uma plataforma de inovação permanente, com a geração contínua de soluções viáveis comercialmente.
A aceleradora tem requerimentos mínimos para atração de startups, que recebem mentoria online para validação e otimização de produtos. As inscrições para o terceiro cohort estão abertas até 1° de junho.
A FoodX funciona como um espaço de aceleração e coworking em Nova Iorque. As startups selecionadas se encontram semanalmente com mentores do programa, que as ajudam a testar, validar e acelerar seu negócio. Ao final, as startups recebem um treinamento especial de 2 semanas para o picth do Demo Day, no qual podem atrair investidores para o seu negócio.
As startups que se agregam à FoodX também recebem um financiamento inicial de 50 mil dólares – em troca, as startups cedem à FoodX 7-10% de participação em seus negócios.
Inicialmente criada como o braço de inovação aberta da BlendHub, empresa de ingredientes espanhola, a All Food Experts é independente desde 2017: um ambiente de networking entre especialistas de alimentos e empresas com necessidades de soluções técnicas.
As empresas podem postar desafios, receber insights direcionados ao negócio e contratar especialistas através da plataforma. Já os membros individuais podem se conectar com a rede, ser pagos pela assessoria fornecida, assistir webinars e até encontrar sócios para suas startups.
Dedicada a facilitar a criação de desafios por empresas interessadas e a busca de soluções crowdsourced, a Ideaken não é focada em alimentos, porém já recebeu desafios deste setor. Ela também é a plataforma que sustenta o programa de Inovação aberta da ICL.
Uma plataforma de formação de comunidade online ao redor da inovação colaborativa, juntando em um mesmo ambiente quem busca e quem oferece soluções. Solicitações de propostas para resolver desafios podem ser postadas pela plataforma, anonimamente, em nome de empresas interessadas. A plataforma também oferece serviços para definição e apresentação das necessidades à comunidade.
Há um excelente mecanismo de busca de projetos, que permite selecionar mercados, tipos de colaboração desejada e área de especialidade.
Quer continuar esta discussão? Que outros projetos de Inovação Aberta em Alimento podemos adicionar a esta lista?
Para aprofundar o seu conhecimento a respeito, você pode:
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Prezados Senhores, meu nome á Aloísio Watzl e sou um ex-Diretor da Ernst & Young Auditores. Presentemente estou trabalhando focado nos incentivos à inovação tecnológica instituídos pela Lei nº 1.196/05, mais conhecida como a Lei do Bem. Meu sócio João Bosco Guimarães me enviou o link desta página e resolvi entrar em contato. Embora as empresas que não são tributadas pelo lucro real, como é o caso da imensa maioria das start-ups, não tenha direito ao aproveitamento desse incentivo, as start-ups também costumam ser micro empresas, ou empresas de pequeno porte que tentam vender suas ideias e projetos para empresas maiores e, aí, um excelente argumento de venda a ser aproveitado por essas pequenas empresas é justamente a lei do bem. Se o pequeno empresário procurar seus clientes dizendo que se eles aproveitarem a lei, os gastos que tiverem com seus pequenos fornecedores de ideias poderão ser aproveitados como incentivo, seus clientes poderão obter uma grande vantagem competitiva em seus mercados. Gostaria de conversar com os senhores sobre esse conceito, se tiverem interesse. Meu e-mail é [email protected] e meus telefones são 11 9 4005-0879 e 11 3589-5279. Ficarei aguardando seus comentários.,