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Esta semana começo meu périplo em direção à Anuga!
E qual é o país parceiro da feira este ano? A Coréia do Sul.
Isso me fez lembrar as Guerreiras do K-Pop. Já viu o filme? Aqui, minha filha de 6 anos é apaixonada, sabe todas as letras de cor.
Talvez você não tenha ainda a dimensão do fenômeno cultural que é este filme. Veja estes dados:
☑️ As Guerreiras do K-Pop é o filme mais assistido da história da Netflix.
☑️ Em 10/ago, 4 das suas músicas apareciam no Top 10 Global da Spotify, sendo Golden a primeira. Hoje, 3 delas ainda seguem entre as 10.
☑️ Após 2 meses de streaming, a versão Sing Along faz uma bilheteria milionária na estreia nos cinemas nos EUA (em 23/08), desbancando figurões como Superman e o Quarteto Fantástico e colocando a Netflix pela 1ª vez nesta liderança.
☑️ Golden aparece como forte candidata ao Oscar 2026!
Por isso eu vou com muita curiosidade para conhecer o stand da Coreia. A K-Food já é uma tendência real oficial pelo mundo, combinando aspectos que ajudam a explicar a sua atratividade:
Hallyu é a onda coreana: o forte aumento no interesse global pela cultura popular sul-coreana que vem acontecendo desde de 1990, com produções, de K-pop, K-drama, séries e filmes de sucesso. Com o avanço das mídias sociais e internet, a cultura coreana chegou cada vez mais a um público estrangeiro.
E não é à toa: a onda coreana é o resultado de um investimento relevante e de longo prazo do governo sul-coreano na indústria cultural desde os anos 90.
Além do investimento em dinheiro, Ministérios do país ofereceram vantagens fiscais para projetos culturais e privilégios como adiamento do serviço militar ou passaportes diplomáticos, evidenciando o apoio estatal. Esses incentivos, somados ao crédito facilitado e subsídios a empreendedores, impulsionaram o rápido crescimento do setor.
Em 2026, haverá 8,8% de aumento neste investimento em relação a 2025, colocando o orçamento em USD 6,9 bilhão (a título de comparação, todo o orçamento do Ministério da Cultura brasileiro de 2025 foi de USD 800 milhões, 8,6x menor). O governo sul-coreano espera, com isso, um aumento de faturamento da indústria cultural do país para USD 153 bilhão até 2029, com destaque para a expansão de K-pop, K-drama e K-food em plataformas como a Netflix.
Em 2017, cerca de 800 mil turistas afirmaram ter viajado ao país motivados pelo interesse no BTS.
O que começou pela K-Pop e os doramas agora atinge cafeterias, restaurantes e – preste atenção – a indústria. A previsão da Kantar, em pesquisa encomendada pelo Tiktok, é que até 2030, este mercado deve crescer cerca de 88%, atingindo 143 bilhões de dólares – impulsionado pelos investimentos que o governo coreano faz em produtos culturais.
Quem pensa que o Ministério da Cultura é inútil pode começar a pensar 2 vezes. A Coréia do Sul, com uma economia 21% menor do que a brasileira, está apostando pesado as suas fichas na cultura como fator de crescimento.
Ramen: é um prato de macarrão instantâneo ou fresco, conhecido pelo seu caldo rico e sabor intenso, frequentemente picante, que utiliza temperos coreanos como alho, pimenta e extratos de kimchi. É uma comida popular e reconfortante, que pode ser personalizada com ingredientes como ovos, vegetais, e carne, com uma grande variedade de sabores e níveis de picante disponíveis no mercado.
Kimchi: é um prato tradicional coreano feito principalmente de repolho, acelga, nabo e rabanete, que são fermentados com uma mistura de temperos, como pimenta, alho, gengibre, cebolinha, açúcar, sal e molho de peixe.
Gochujang: é uma pasta de pimenta vermelha fermentada coreana, com sabor picante, doce, salgado e umami. É feito a partir de uma combinação de pimenta vermelha em pó, arroz glutinoso, pó de soja fermentada (meju), e sal.
Jjajangmyeon: é um prato coreano muito popular de macarrão com chunjang (pasta de feijão preto), carne (geralmente porco) e vegetais. Para conhecer melhor o prato, você pode assistir aos 2 episódios do documentário “A Coreia em um Prato: Jjajangmyeon”, na Netflix.
Bibimbap: é um prato que significa “arroz misturado”, é essencialmente um prato de arroz cozido, servido depois de misturado com uma variedade de legumes frescos e temperados, ovo frito, carne picada e outros ingredientes antes de cozinhar.
Namul: é uma palavra coreana que se refere a vegetais temperados. Os namuls são geralmente preparados fervendo ou escaldando os vegetais e depois temperando-os com óleo de gergelim, alho, molho de soja e outras especiarias. Eles fazem parte do banchan: o conjunto de pequenas porções de acompanhamentos que são servidas junto ao arroz.
Se você já andou por São Paulo, viu restaurantes como Bicol, Komah e Seok Joung encherem nos últimos anos. Inúmeros outros pipocam em diferentes capitais do país, mostrando como o interesse despertado pelos Doramas se transporta para outros aspectos do cotidiano das pessoas.
Procurando, eu encontrei apenas 2 fabricantes de kimchi aqui no Brasil. A pasta chunjang usada na preparação de um dos pratos mais amados pelos coreanos, o jjajangmyeon, então, só importada.
O próprio Ministro da Cultura coreano aponta para um crescimento dos pedidos para projetos em colaboração vindos de outros países. Segundo ele, a Coreia terá que fazer uma concessão: sair de “produzido NA Coréia” para “produzido COM a Coréia”. Oportunidades seguem vindo para quem tem olhos de ver.
Só para lembrar: um dia as pessoas brasileiras começaram a comer sushi. Hoje todo mundo tem a sua garrafinha de shoyu em casa.
Volto à minha pergunta: você já viu as Guerreiras do K-Pop?
Então este é o meu convite: vem participar da Cobertura de Inovação Anuga 2025 comigo e ver o que a Coreia tem.
As inscrições se encerram esta sexta. É por isso que hoje, eu lhe digo: clique na imagem abaixo agora e participe.
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