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NÃO TEM MAIS ESPAÇO PARA PRODUTO MAIS OU MENOS NO MERCADO

Postado em 29/02/2016 por Cristina Leonhardt
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Por pensar que ainda existe espaço para produto mais ou menos no mercado, é que o Brasil despenca há ANOS no Índice Global de Inovação.
Quer ver para crer, São Tomé? Tá aqui ó:
Posição do Brasil no Ranking Global de Inovação
Tem coisas que simplesmente precisam ficar para trás, se quisermos evoluir no mercado:

  1. Não dá para fazer mais do mesmo.
  2. Não dá para apenas fazer mais barato.
  3. Não dá para vender gato por lebre.
  4. Não dá para ficar à espera do milagre.

Só tem um espaço que um produto pode ocupar na mente do consumidor daqui para frente:

cacho de banana, banana verde, banana no pedestal, fruta no pedestal

Banana, a RAINHA das frutas, desde sempre idolatrada pelo consumidor: barata, nutritiva, gostosa, embalagem resistente e fácil de abrir.

O seu produto só pode ser simplesmente o melhor da sua categoria. De tão bom, ele tem ser colocado num pedestal, para ser venerado, comprado, recomprado.
Você não tem que ter um consumidor.
Tem que que ter um DEFENSOR do seu produto.
Um FÃ ARDOROSO.
Uma pessoa que RECOMENDE SEU PRODUTO A TODOS OS AMIGOS.
Você considera que seus concorrentes estão fazendo produtos baratos, que não consegue concorrer com os grandes por conta da economia de escala?
Você pensa que eles têm acesso a canais de distribuição a que você não tem?
Você acredita que seus concorrentes têm uma fórmula mágica, um toque de Midas, algo que faz com que aqueles produtos sejam mais competitivos que os seus no mercado?
Tem concorrendo dando de graça o que você cobra?
Você é assombrado pelo barulho que Uber, Netflix, Google, Youtube fizeram em seus respectivos mercados – e fica pensando em como lidar com uma concorrência tão desleal?
No frigir dos ovos: você acha que o seu concorrente está fazendo melhor que você?
Vai lá e surpreenda o cliente. Lance um produto fantástico, memorável – pelos bons motivos, atraente, que resolva os problemas que ele vem tendo.
Que resolva estes problemas de forma inusitada, de uma vez por todas.
Lance o produto que ele precisa, talvez que ele nem saiba que precisa, mas que precisa definitivamente. Lance o produto que facilite sua vida, que dê a ele uma experiência inusitada. Lance no mercado o melhor produto para o consumidor.
Pense no seu consumidor.
Pense na sua mãe, seu grande amor, alguém da sua família ou a sua melhor amiga: o que ELES gostariam de comer mês que vem?
O que eles viram na TV, ou acharam na internet, ou trouxeram da última viagem? Que tipo de comida é maravilhosa – e também SUPER CARA, ou DIFÍCIL DE FAZER, ou REQUER EQUIPAMENTOS ESPECIAIS – aí onde você mora?
Isso aí, amigo e amiga: desenvolva ESTE produto.
Você está sentado numa indústria, convenhamos. Há muito mais recursos à sua disposição do que em uma cozinha. Use estes recursos sabiamente. Empregue-os para fazer produtos que se eternizem no mercado.

MAS A MINHA EMPRESA NÃO TEM RECURSOS

Sim, eu sei. Você tem um emprego e tem que pagar as contas do mês. “Não dá para pensar apenas no consumidor”.
“Tenho que pensar na empresa. Ela precisa gerar faturamento, e rápido. O nosso produto, a bolacha-maria, está perdendo market-share. Meu chefe está na jugular.”
“Não posso criar este produto maravilhoso aí que você está me recomendando. Tenho que criar algo novo, barato. De preferência, rápido. Temos que vender para a classe D – já ouviu falar? É a maior do Brasil.”
Desculpe, amigo e amiga, você está errado e errada.
A ÚNICA coisa na qual você tem que pensar é o consumidor.

O seu chefe manda em você?
Mentira.
Quem manda é o consumidor.

A empresa paga o seu salário?
Mentira.
Quem paga é o consumidor.

Cada minuto que você perde ouvindo a conselhos, opiniões e inclusive SOLICITAÇÕES que não levam em consideração o que o CONSUMIDOR QUER, é um minuto perdido para você.
Podemos argumentar que é um minuto perdido para a empresa – fazer o que, né? Não surpreende que a maior parte venha à falência no primeiro ano de vida. Tem muito “dono” e “chefe” por aí querendo satisfazer a si mesmo, e nada de pensar no consumidor.
Não importa o público para o qual você está desenvolvendo. O seu consumidor da classe D quer um produto fantástico na sua cesta – ou você acha que, se tivesse pouco dinheiro para comprar comida, gostaria de desperdiçá-lo comprando comida ruim?
Não importa o público para o qual você está desenvolvendo: ele não está interessado em produto mais ou menos.

QUAL A SAÍDA? PENSE NO CONSUMIDOR

Então, dá próxima vez que vossa senhoria começar a desenvolver um produto, esqueça do custo por quilo irrisório que o cara do Marketing te passou.
Varinha de condão ainda está para ser criada. A gente transforma abóbora em doce, não em carruagem.
Esqueças das solicitações mirabolantes, esqueça do que o seu chefe gosta, esqueça que a mulher dele não come cebola.
O que o dono da empresa, a mulher do dono, a dona da empresa, o namorado da dona, a vizinha deles, pensam é irrelevante.
Vai lá, e pense no consumidor. Ou melhor, conheça o consumidor.
Por que ele vai comprar este produto? Quando ele faz isso?
Como ele vai comê-lo? Sentado na mesa? Vendo filme no cinema? No caminho da academia? Fazendo trekking?
Em que hora do dia? No almoço? De madrugada, depois da balada? No meio da tarde, sem
Vai comer sozinho? Em grupo? Com amigos? Com a família?
Vai lá e pense na experiência que o consumidor terá quando consumir o seu produto.
Ela será memorável?

Ps.: não adianta mais só pensar no consumidor. Você tem que conhecê-lo. Tipo: entrar na casa dele e fazer amizade – este tipo de conhecimento.

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Uma resposta para “NÃO TEM MAIS ESPAÇO PARA PRODUTO MAIS OU MENOS NO MERCADO”

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