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A LISTA DEFINITIVA: 129 TENDÊNCIAS DE ALIMENTOS PARA 2017

Postado em 04/01/2017 por Cristina Leonhardt
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Ah, eu sei o que você está pensando: “não conseguiu se segurar, Sra Inovadeira?”.
Você está certo, pequeno Padawan – e errado. Eu continuo achando que relatórios de tendência devem ser lidos com deveras cautela, mas eles são uma tradição tão grande deste período festivo… é, você está certo.
NÃO ME AGUENTEI.
Pronto, falei. 😉
Mas é claro, você me conhece. Eu não vou prever nenhuma tendência de alimentos por aqui – gurus e videntes não são minha especialidade.
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Farei melhor: que tal juntar, num único post, TODOS os relatórios de tendência para alimentos em 2017 disponíveis pela internet e facilitar a sua vida, hein?
É, porque eu sei que você está em férias, mas não desliga. E que já acabou de ver todas as temporadas do Sense8, Scandal, Black Mirror, Walking Dead, Game of Thrones, Chaves e Todo mundo odeia o Chris.
Ou seja: leitura de praia para você se divertir agora em janeiro. Vamos lá ver o que está saindo nas bolas de cristal mundo afora?

CONSULTORIAS

A Edelman previu na sua bola de cristal análise minuciosa do mercado:

  1. H2O 2.0
  2. Sob o mar (algas, não peixes)
  3. Todos saúdam o Halal
  4. Revolução do e-commerce
  5. Um brinde ao nosso bem-estar (sim, vamos beber a isso)
  6. Guerra contra o desperdício
  7. Bebericando o artesanal (já não estávamos bebendo?)
  8. Cannabis culinária (ops, achei que era apenas bebida)
  9. Limpe o rótulo limpo (eu já te falei a respeito)
  10. Agricultura inspiradora
  11. Tudo é comestível
  12. Cultura não filtrada de café
  13. Automação a la carte
  14. Aqui chegaram as comidas heroínas
  15. Realidade Virtual: prove o arco-íris (eu quero – li este mesmo livro quando era criança)

A Mintel faz um apanhado dentro da sua base de dados de lançamentos:

  1. Na tradição nós confiamos (eu, nem tanto)
  2. Poder para as plantas
  3. Não desperdice
  4. Tempo é a essência
  5. O turno noturno (quem come enquanto está dormindo?)
  6. Equilibrando a balança: saudável para todos (nisso eu acredito. Mesmo)

A Trendwatching, uma das empresas que me parecem menos perdidas neste mundo em que tudo faz parte de tudo, faz as seguintes previsões para 2017:

  1. Economia da experiência virtual
  2. Mundos à parte
  3. Indivíduos incógnitos
  4. Capture a capacidade (da sua empresa, face ao Uber, dear)
  5. Marcas Big Brother (sem o Bial, nenhum “herói”)

EMPRESAS DE INGREDIENTES

A McCormick traz a tradicional lista de sabores-tendência para ficar de olho em 2017

  1. Levante e brilhe para sabores globais
  2. Plancha: churrasco plano
  3. Gemas de ovo: o lado ensolarado do sabor
  4. Mediterrâneo Moderno
  5. Doce na Pimenta (se houver uma tradução melhor para Sweet on pepper, eu aceito. Mas me parece ligeiramente obsceno. Não acha?)

A Sensory Effects traz a sua lista também:

  1. Sabores artesanais/locais em sorvetes
  2. Ofertas de tempo limitado
  3. Alimentos étnicos e mundiais (todo mundo ama o Chris)
  4. Rótulo limpo (2)
  5. Doce, picante e salgado (2)
  6. Frutas e flores tropicais. (alguém falou Alagoas?)

IMPRENSA ESPECIALIZADA – OU NÃO

O Food Navigator não poderia ficar fora desta tendência das tendências:

  1. Rótulos éticos: ano pegajoso à frente, mas boas notícias para os orgânicos (ufa!)
  2. Poder para as pessoas, os planetas e as plantas (parece que poder é a palavra de 2017)
  3. Pense local, coma local e seja legal (eu quero ser legal, você?)
  4. E a água? (pois é, estava pensando nela esses dias)
  5. Uma colher de sopa cheia (a menos) de açúcar
  6. Óleo de palma bom/óleo de palma ruim (ouviu falar da destruição das florestas pela soja? Novo player no pedaço)
  7. A supremacia do limpo (é, Põe no Rótulo e seja transparente, baby)

Já se você preferir a versão americana do Food Navigator, vai encontrar algumas tendências a mais (num total de 15):

  1. Carne cultivada… e alimentos à base de plantas
  2. Fermentação 2.0: um toque moderno em uma prática antiga
  3. Comida customizada
  4. O cenário mutante da saúde e bem-estar (uma hora é a manteiga, outra a margarina. Você já ouviu a reclamação)
  5. O que é natural? (boa pergunta. Veneno de cobra é natural, mesmo assim não faz bem à saúde)
  6. Compre um carro, alimente uma criança: qual é a sua missão social? (espero que possamos nos livrar da justiça social com um like do Facebook)
  7. Lanches frescos e alimentação oportunista
  8. O que é velho é novo
  9. Reinventando categorias
  10. Dedo nas leguminosas (só faz sentido em inglês – Finger on the pulse)
  11. Escute ao seu intestino (é um bom conselheiro)
  12. Tijolos versus cliques
  13. A invasão europeia
  14. Kit de refeição/mania de delivery… mas isso é uma tendência ou uma moda?
  15. Robôs na cozinha?

A Restaurant traz a sua tradicional lista de pedidos tendências para 2017

  1. Novos cortes de carne
  2. Pratos inspirados em comida de rua (me dá)
  3. Refeições para criança saudáveis (não deveria já ser saudáveis?)
  4. Embutidos feitos em casa
  5. Frutos do mar sustentáveis
  6. Itens de café da manhã de inspiração étnica
  7. Condimentos feitos em casa
  8. Cozinha étnica autêntica (ou seja, o triste fim do macarrão chop suey/yakissoba)
  9. Frutas e vegetais de relíquias da família
  10. Sabores africanos
  11. Especiarias étnicas (tudo o que não é americano é étnico)
  12. Salsichas feitas em casa
  13. Conservas feitas em casa
  14. Grãos ancestrais (oi? Isso é tão 2010)
  15. Sorvete artesanal/feito em casa (me pergunto o que vai sobrar para os restaurantes, com tanta coisa feita em casa)
  16. Itens integrais em refeições para crianças
  17. Grãos/sementes ricos em proteínas
  18. Queijos artesanais (êê Minas Gerais! Quem te conhece não esquece jamais)
  19. Sobremesas salgadas
  20. Itens gourmet em refeições de crianças (tchau, batata sorriso)

A Forbes soltou a sua contribuição:

  1. Vale do Silício e comida (sério?)
  2. O oeste selvagem
  3. Alimentos melhorados: além dos brownies
  4. Geração Z (espero que não seja a Guerra Mundial)
  5. Sustentabilidade
  6. Paisagem alimentar digital
  7. Micromarcas para Megamarcas
  8. Transparência Aumentada (eu disse)
  9. Agricultura celular
  10. A nova administração (lembrando, a Forbes é uma revista americana, eles estão falando de outro presidente casado com alguém jovem o suficiente para ser sua filha)

Voltando para alimentos, vamos ver o que a Bom Appétit, um dos maiores sites sobre gastronomia tem a dizer sobre o assunto (todo mundo tem algo a dizer, não?):

  1. Couveflor ganhou o voto popular (sério?)
  2. Eu gostaria de fazer um pedido para entrega
  3. O drink para após o jantar: Amaro
  4. Levedura nutricional, mais deliciosa do que soa
  5. Adaptógenos, uma palavra completamente real, nós juramos (e parece que também existe em português, vai entender)
  6. O retorno da pizzaria americana da velha-guarda
  7. O alinhamento completo do iogurte (iogurte de leite de barata, alguém?)
  8. Carvão é bom para você?

Até a National Geographic (oi?) entrou na briga!

  1. Rotulagem de GMO (você sabia que ela não é obrigatória em todos os países?)
  2. Consciência de sustentabilidade
  3. Crescimento da tecnologia
  4. O efeito Trump (again)

Então vamos lá, para o outro lado do Atlântico, onde o site Good Food, da BBC, nos diz que as tendências de alimentos para 2017 são:

  1. Febre dos tacos (adoro quando eles são específicos. Será que previram a febre das paletas 4 anos atrás?)
  2. Drinks com baixo ou nenhum álcool (que servem para…????)
  3. Vegetais do oceano
  4. Picles e fermentados
  5. Desperdício zero (acho que temos um vencedor!)
  6. Comida pronta pro Insta (sim, porque a gente quer comida, diversão e instaarte)
  7. Tecnologia esperta na cozinha
  8. Insetos (aquele leitinho, vai agora?)
  9. Comida portuguesa (uma hora chega a nossa vez!)
  10. Lanches saudáveis

SUPERMERCADOS

E o que fala a Whole Foods, maior cadeia de alimentos naturais dos EUA? Vamos lá:

  1. Tônicos de bem-estar
  2. Produtos de subprodutos (ou, reinventando as categorias)
  3. Coco em tudo (aê Bahia, aê meu Ceará lindo, aê Alagoas! Vamos vender!)
  4. Comida japonesa além do sushi (acho justo)
  5. Condimento criativos
  6. Repensando o macarrão
  7. Beleza para levar
  8. Flexitarianos
  9. Preparação de comida atenta

Lá no Reino Unido, a Asda diz que as tendências de 2017 são:

  1. Comida africana (quem sabe o Brasil acorda para suas origens um dia?)
  2. Berinjela maravilhosa
  3. Menos carnes e mais vegetais

Alguém percebeu que eu estou ADORANDO esta lista? 😛

E, é claro, não podemos esquecer do conjunto Ital/FIESP que já fez as tendências para 2020, deixando tudo muito fácil para nós, simples mortais.

Que tendências vemos no relatório de 176 páginas publicado em 2010?

  1. Sensorialidade e Prazer
  2. Saudabilidade e Bem-estar
  3. Conveniência e Praticidade
  4. Qualidade e Confiabilidade
  5. Sustentabilidade e Ética

Você pode baixar o relatório em português (que se chama Brasil Food Trends) ou em inglês (que também se chama Brasil Food Trends). (Perdi alguma coisa?)
O bacana é que estas tendências são tão amplas que… nem preciso completar, não é, pequeno Padawan?

O melhor, contudo, eu deixo para o final.
O sabor do ano de 2017, segundo a Firmenich, é:
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PEPINO!

(viu? a sua tia-avó estava certa)


“Ah, Sra Inovadeira, que chata. Estas listas são muito interessantes e foram feitas por instituições de respaldo, com muita pesquisa por trás”.
Ah é?
Pense novamente. O NY Times acabou de publicar um texto chamado “A obscura (e às vezes dúbia) arte de prever as tendências de alimentos”. Cita algumas das tendências que a gente vê por aqui.
Vale a leitura, pequeno Padawan.
E que a força (e o usuário) esteja com você em 2017.


Ps.: esta é uma peça de humor que pretende brincar com a sobriedade que o mundo dos negócios trata a si mesmo. As companhias e instituições aqui retratadas não patrocinaram este post, nem têm relação com o autor.
Pratique o deboísmo 😉

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6 respostas para “A LISTA DEFINITIVA: 129 TENDÊNCIAS DE ALIMENTOS PARA 2017”

  1. Juliane disse:

    Que trabalhão pra fazer este post! Parabéns.
    Vi um chef de cozinha de um importante concurso na TV usar fermento biológico com uma função que não era fermentar, e sim como ingrediente de um molho para trazer um novo sabor! Ah, e em todos os capítulos do programa passava uma legenda lembrando que todas as sobras de alimentos não utilizadas foram doadas e não desperdiçadas!

    • Sra Inovadeira disse:

      muito obrigada!
      pois é, aos poucos a tecnologia de alimentos invade a cozinha, e a cozinha invade as fábricas – por anos o pessoal de salgados usou extrato de levedura para acentuar sabores, nada mais justo que os chefes começassem a usar os fermentos biológicos. A única coisa que me preocupa nisso é que o extrato de levedura passou por uma lise, e com isso tem um monte de glutamato dando sopa por ali.
      Será que o fermento teria a mesma propriedade? E o que aconteceria se nem todo o fermento for inativado?
      Essa fica como dúvida para os visionários que trabalham neste ramo!

  2. Samantha disse:

    Sempre muito bons seus posts! E esse pessoal está atrasado… Snacks saudáveis já eram pauta para a Sra. Inovadeira no ano passado! 😉

    • Sra Inovadeira disse:

      Pois é, Samantha, se ao menos eles tivessem tido nas mãos os conceitos surpreendentes que esses visionários criaram no ano passado… está na hora de tirar aqueles plano do papel – vocês estão com tudo, tá vendo?

  3. Aline Meloni disse:

    Cris, tb sou engenheira de alimentos e adoro suas publicações! Como agora trabalho na Mintel, achei importante dizer que para prever as tendências anuais a Mintel se baseia em tendências globais que ela está monitorando há anos (em torno de 80 tendências), e que são baseadas em observações diárias em 62 países, e que obrigatoriamente devem estar acontecendo em todos os continentes e em variadas categorias de alimentos e bebidas. A metodologia é bem extensa e respaldada!! Essas tendências da Mintel que vc citou são as de 2017 para o mundo todo, mas para o Brasil especificamente elencamos outras 4!! Se quiser saber mais, adoraria te mostrar como funciona!! Bjos!

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