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GASTROTERAPIA: FAZENDO AMIGOS ATRAVÉS DA COMIDA

Postado em 12/12/2018 por Cristina Leonhardt
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Como você faz novos amigos na vida adulta? E que papel pode ter a alimentação na mediação deste processo?
A médica psiquiatra Michele Valent e o jornalista Perte Krauze respondem a estas duas perguntas através dos projetos Gastroterapia e Il Giardin: um misto de ativismo, agricultura urbana, espaço de confraternização e reflexão sobre valores humanos e muita comida boa. O projeto acontece na casa da família, que ocupa um terreno grande coberto de plantas comestíveis, em Teutônia, RS (que fica a 106km de Porto Alegre).
Eu tomei contato com a iniciativa logo que voltei a morar em Lajeado, no início de 2016, durante o Impulso – um evento de palestras rápidas estilo TED. Peter palestrou sobre o papel que a alimentação pode ter no “fazer amigos” – afinal, pense: quem são seus amigos hoje? Na maioria, pessoas que conheceu na escola ou faculdade. Conforme envelhecemos, perdemos a capacidade de fazer novos amigos e passamos a ter no máximo colegas: pessoas que trabalham conosco, porém não conhecem nossos medos, nossas dores, não visitam nossas casas e com quem, no fundo, estamos competindo, não colaborando.
No centro das disfunções da nossa sociedade está a falta de conexão com os outros, o isolamento, o pensamento que estamos só e somos únicos. Michele vê isso diariamente em seu consultório, onde a solidão, a falta de contexto e de laços se tornam cada vez mais frequentes.
Acontece que ela também tem uma formação culinária – é chef de cozinha. Da união destes conhecimentos diversos do casal surgiu a primeira ideia: e se usássemos a comida para resgatar estes momentos de conexão entre as pessoas? 
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Já nos primeiros jantares oferecidos para amigos, num apartamento em Teutônia, regados a muita reflexão sobre os dilemas da vida, surgiu o nome. Disse uma das participantes: “Isso não é um jantar, é uma Gastroterapia”, e ficou.
De lá para cá, são 8 anos promovendo eventos periódicos em que as pessoas que não se conhecem se reúnem para cozinhar e comer juntas. Permeando os encontros, temas relacionados às estações e assuntos da época, que se refletem tanto na conversa, quanto no cardápio criado. Nossa família já esteve no FunghiFest, no inverno, no qual discutimos o hygge, e no Vegetália, festa de celebração do vegetal, em que falamos sobre o papel da agricultura e PANCs na alimentação urbana.
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A primeira parte da entrevista, com Michele, foi realizada durante o Vegetália: ela nos fala sobre as suas motivações, sobre a microrevolução que estão propondo ao mundo e sobre o que aprendeu com a Gastroterapia neste período.
 

 
Do apartamento, a família se mudou para uma casa com um amplo jardim, que foi ocupado pelas mais de 300 espécies de plantas comestíveis que abastecem a Gastroterapia – o Il Gardin. É no meio desta profusão de capuchinhas, feijão-arroz, milho, ruibarbo, cenoura e todos os tipos de vagens que sentamos mais recentemente para falar sobre o papel da agricultura urbana e como ela pode ser uma saída para resolver uma das maiores crises que temos: fome em meio à superprodução de alimentos.
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Um papo sobre tendências em alimento, monetização de PANCs, os aprendizados de quem nunca tinha plantado nada até aquele momento e como podemos devolver este conhecimento à sociedade.
 

 
Você pode conhecer e participar dos eventos da Gastroterapia através da sua página no Facebook. Conheça alguns dos eventos no Youtube da iniciativa.
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Quando eu falo para não desenvolver alimentos para engenheiros, eu espero que percebamos e incluamos nos nossos desenvolvimentos de produtos a importância da conexão entre emoções e o que nos alimenta.
Ah, e se você trabalha em P&D e não sabe cozinhar, #ficaadica: aproxime-se das comunidades gastronômicas, dos clubes de mães, dos cursos de culinária na sua região. Mesmo que já sabe tem muito a aprender sobre técnicas de produção de alimentos com quem está com as mãos na massa (literalmente!).
Vale a pena complementar as entrevistas acima com o vídeo realizado durante a Greve de Caminhoneiros em 2018, falando sobre como então entrar em pânico com a crise de abastecimento.
Para quem não conhece o termo, hygge é um conceito dos países nórdicos que está relacionado ao aconchego e a fazer da sua casa um local acolhedor. Tem tanto a ver com a decoração quanto com reservar espaços sem eletrônicos para viver momentos realmente conectados com os amigos e família – como cozinhando juntos, jogando ou lendo. Você pode ler uma reportagem da BBC sobre o assunto.
 


 
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