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FISA 2017: MELHORES MOMENTOS, INOVAÇÕES E BOAS PRÁTICAS DE FEIRAS

Postado em 06/09/2017 por Cristina Leonhardt
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Seguindo a nossa tradição natalina, a Tacta esteve presente na Food Ingredientes South America 2018 – a maior feira de ingredientes da América Latina, que é filhote da Food Ingredients mundial. Carinhosamente chamada de FISA, é um dos principais eventos para quem trabalha em P&D de alimentos em diversas categorias: por lá circulam empresas de todos os portes, buscando novos fornecedores e novos ingredientes para os seus desafios tecnológicos e mercadológicos dos próximos meses.
Pela primeira vez, Dafné esteve visitando a feira (e me aguentando por três dias seguidos!) e conta a sua impressão de newbie no assunto neste vídeo:
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=dpiJlWfZhIc&w=650]
Muita gente estava lá – e quem chegou pertinho, se apresentou, veio dar um abraço, tirou uma selfie conosco (sou dessas). Já viu a Galeria de Visionários? Quem sabe você não está lá, expondo a figura?
Veja algumas das fotos abaixo:
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A FISA é também o momento mais especial do ano para fazer networking entre os visionários de alimentos que acompanham o site. Este ano tivemos o dobro de participantes no Encontro de Visionários, o que me deixa deveras feliz!
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Um dos concorrentes ao prêmio de ingrediente alimentício mais inovador – a Fibervita – também esteve presente no Encontro, e aproveitou a oportunidade para mostrar o seu produto aos visionários. (Tá vendo? Mesmo quem não expõe ganha pontos ao fazer conexões!)
A grande vencedora da noite foi a Vigor, que levou o prêmio de Produto Alimentício Mais Inovador com a sua linha Vigor Grego Pedaços. Você já viu este produto no Instagram, mas aqui vai em primeira mão a FESTA que o P&D e o Marketing fizeram quando o prêmio foi anunciado. Bem bacana ver como este esforço de desenvolvimento foi compartilhado entre todos.
 
[youtube https://youtu.be/YCRIbeZ1vnE&w=650]
Muita gente estava na FISA, porém ainda mais gente não foi, não é mesmo? Então, mantendo o nosso propósito de compartilhar tudo o que vimos de mais bacana, mais inovador e mais interessante, a gente fez entrevistas com empresas selecionadas, mostrando as suas soluções em ingredientes.
Porque eu acredito que o conhecimento transforma vida. E que quanto mais compartilhamos, mais aprendemos também. 😉 Vamos às entrevistas?
(ah, se você quer saber o que eu achei da feira, leia este artigo até o fim. Lá embaixo, eu dou meus pitacos que ninguém pediu superimportantes)

IMCD

[youtube https://youtu.be/khB50H7l_zA&w=650]

DÖHLER

[youtube https://youtu.be/1BbeaWF7Pv8&w=650]

INGREDION

[youtube https://youtu.be/Mj2zfT34tLs&w=650]

DUPONT

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=EbHbJVFBVPo&w=650]

MANE

[youtube https://youtu.be/sZeBENnx8I8&w=650]

BIOTAE

[youtube https://youtu.be/Q_SANiFMK2Q&w=650]

NATUREX

[youtube https://youtu.be/ZPR0NI-RSXM&w=650]

CONCEPTA INGREDIENTES

[youtube https://youtu.be/SGHluG8Hsd0&w=650]

ROUSSELOT

[youtube https://youtu.be/IH0jiG1SLMw&w=650]

AQIA NUTRITION

[youtube https://youtu.be/gp_zCw-sruU&w=650]

AGROPALMA

[youtube https://youtu.be/erspRu8IhxM&w=650]

ICL FOOD SPECIALTIES

[youtube https://youtu.be/dYIh0HK9DWc&w=650]

GNT

Menção honrosa para a GNT, fazendo uma demonstração deveras… surpreendente
[youtube https://youtu.be/mRy7Nwy-kJg&w=650]


 

MEUS PITACOS SUPERIMPORTANTES

O que eu vi nesta FISA17:

  • A distinção entre alimentos e alimentos funcionais reduzindo. A indústria de ingredientes (de modo geral) caminha à frente da indústria de alimentos (de modo geral) pelo menos uns 5 anos. A angústia dos colegas que trabalham com ingredientes (“ninguém compra meu supernovomodernoso ingrediente!”) se justifica pelo fato de que a indústria é muito cautelosa nos passos que dá em lançamentos de novos produtos (até demais). Se já vemos diversos alimentos funcionais ocupando espaços nas gôndolas de alimentos mais tradicionais, na indústria de ingredientes isso já é verdade há muitos anos. Eu mesma lancei uma linha de ingredientes funcionais para o mercado de carnes processadas há cerca de 10 anos. (ninguém comprou) (alguém me mostra um produto cárneo com apelo funcional hoje) (porque ainda me doi essa ferida) (#magoada). O que vi na FISA 17 é um aumento significativo da zona cinza entre as duas categorias (e não, não vamos debater aqui o termo “funcional”, porque não é hora, nem lugar, aguardem e confiem).

 

  • Em aromas, vi um dragão de duas cabeças: tem empresas que estão ligadas de que o uso de aromas para conferir sabor de ingredientes que não estão presentes na formulação tem seus dias contados e estão dando seus pulos. E tem empresas que “tô nem aí, tô nem aí, pode ficar com seu mundinho, eu não tô nem aí”. Hum… vamos ficar aqui na plateia apenas observando quem está fazendo a aposta certa.

Sorvetes veganos no stand da Gramkow

  • Quando eu penso que já conheço todas as empresas de ingredientes que há para se conhecer, lá vem a realidade e joga na minha cara que #sejemenas. Gostei de ver que Fibervita, Aqia, Concepta e Biotae estão trazendo novas soluções para esta categoria – e já chegam com opções sem INS, cheias de bossa, sambando na cara das invejosas. 😛

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  • Num momento em que a gigante Unilever faz um vídeo dizendo que seus produtos são naturais (quero ver a derivação do reclame em produtos reais), eu me pergunto como serão os próximos dias de empresas de ingredientes que tem na sua razão social nomes como Química, Aditivos e Indústria ou outros que privilegiam o sintético. (para ver o efeito, compara esses nomes aí com Jasmine, Mãe Terra, Gloops, Orquídea, Vovó faz Bolo, Divine: toda uma geração de marcas que nasceu com outro paradigma)

 

  • Junto à FISA ocorre a Innovapack, que ano pós ano vem crescendo. Um painel gigante da Innova Market Insights este ano analisava as tendências em embalagens ao redor do mundo. Chama-me bastante a atenção que este pavilhão é pouco visitado pelos visionários – reforçando a minha percepção de que estamos ligados apenas no desenvolvimento do binômio fórmula-processo, e deixamos todas as demais dimensões do produto para outros. (até me pergunto, para quem?) Pois bem, se estamos desenvolvendo produtos com o usuário no centro… a embalagem, sua usabilidade, re-usabilidade, reciclagem, disposição, deveriam estar também no centro dos nossos desenvolvimento.

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  • Ou sou cega (pode ser) ou teve mesmo bem menos gente defendendo a redução de custos a unhas e dentes em seus protótipos. QUE BOM! Era o que me faltava ir numa feira de inovação e ver coisas óbvias: “olha essa salsicha com ainda menos carne”, “prove este néctar com ainda menos polpa”. Por favor: redução de custo todo mundo faz (mas não deveria). Eu quero ver mesmo é protótipos interessantes, inovadores, que identificaram problemas não resolvidos do nosso usuário, que pensaram proativamente nas questões que a indústria tem nos seus diferentes processos.
    Redução de custos é muito óbvio, desculpe. E provar que reduziu 30% do custo de uma formulação em um protótipo de planta-piloto – até a minha filha de 6 anos faz. Quero ver mostrar resultados de planta industrial, estáveis, com shelf-life completo e testes com consumidores reais do produto.
    Aí é que são elas.

 


 
Quem me conhece sabe que já faz mais ou menos uns 12 anos que eu frequento a FISA e outras feiras de ingredientes. Já expus mais de 10 vezes, e já visitei muitas feiras diferentes, no Brasil e fora dele.
Assim, acredito que eu possa escrever um Pequeno Manual de Boas Práticas para os visionários de alimentos, com o que aprendi ao longo dos anos.
 

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FEIRAS PARA VISIONÁRIOS

 

VISITANTES

  1. A regra número 1 é entrar nos stands. Todos. O máximo que puder. Não ter vergonha: se aproximar, se apresentar e dizer que quer conhecer o que a empresa está apresentando. As empresas estão lá justamente para isso, e ninguém vai achar estranho que nunca viu você antes. É para conhecer novos possíveis clientes que se expõe numa feira.
  2. Como dificilmente se consegue visitar TODAS as empresas da feira, visite no mínimo dos mínimos dos mínimos 3 ou 4 empresas novas, que você nem sabe o que produz, para que serve e que mercados atende. O colega que já está acostumado a buscar novos fornecedores vai se espantar ao saber que muita gente vai à feira apenas para rever amigos. E aí, né, fica complicado mesmo justificar o investimento envolvido em ir à feira no próximo ano.
  3. Ao final da feira, faça um resumo do que viu e das oportunidades que encontrou. Escreva num relatório, caderno, papiro – o que usar por aí 😉 – 3 a 5 oportunidades que a sua empresa tem relacionadas com o que foi apresentado na Feira. Persiga estas oportunidades: faça valer o investimento em tempo e dinheiro que vosmecê fez ao ir à feira.

 

EXPOSITORES

  1. Principal regra: a feira é um momento descontraído, mas não é festinha de final de ano da empresa. Eu sei que você tem muita coisa para colocar em dia com os seus colegas que vê todos os dias pouco, mas mesmo sendo um ambiente mais informal que o escritório, ainda assim é trabalho. Portanto: não fiquem em rodinhas de colegas conversando entre si.
  2. Caso esteja conversando com os colegas (#somostodoshumanos), evite ficar em círculo. Mantenha uma meia lua, que é bem mais receptiva ao seu potencial cliente que está passando ali no corredor, com vergonha, intimidado pelo stand gigantesco e ultratecnológico, só faz mostrar como a sua empresa é ultrapowermegablasterdaporratoda e a dele de fundo de quintal. Aliás…
  3. Será que é possível mostrar que somos competentes tecnologicamente, sem dizer ao cliente “ultrapowermegablasterdaporratoda”? Eu acho que sim. Aliás, sei. Stands muito grandes e impessoais são atrativos para quem já conhece a empresa, mas quem não conhece se intimida com tanta potência. “Será que sou grande o suficiente para ser atendido por esta empresa?” é pergunta que eu mesma já me fiz no passado (e não entrei).

Quer um exemplo positivo? Olha o stand lotado da Biotae:

  1. Por fim, uma regrinha básica. Caso não seja de sua ciência, uma informação que vai mudar a sua vida: pesquisadores de P&D se formam em universidades. Foram todos alunos um dia na vida. Portanto: ATENDAM AOS ALUNOS!!!!! Pelo contar do que vi na FISA este ano, pouquíssimas caravanas de estudantes visitam hoje em dia as feiras de alimentos – um cenário BEM diferente daquele que eu mesma vivi em minhas épocas de faculdade (depois expondo como fabricante de ingredientes). Será que isso acontece porque as empresas não atendem aos estudantes, at all? Colega de empresa B2B: SEJE MENAS.

Este ano, o curso de Ciência e Inovação da PUCRS estava visitando a FISA – e o que eu escuto? Que mais de uma empresa não os atendeu no stand. Depois o colega reclama que os pesquisadores não entendem nada dos ingredientes que desenvolve: POR QUE SERÁ, NÃO?

Neste quesito, quero louvar à Döhler e à Ingredion, que receberam esta turma com muita cordialidade, paciência, empatia e visão.

 


No ano passado fizemos um post sobre a Food Ingredientes 2016, onde apareceram algumas outras empresas mostrando suas inovações. Quer dar uma olhada? Tá aqui 🙂
Gostaria de estar presente em todos os eventos de Inovação que ocorrem no mundo – mas simplesmente não tem tempo, dinheiro e/ou saúde para o feito? A gente vai e cobre o evento para você! Veja os eventos que já tiveram cobertura aqui no Sra Inovadeira.


 

Agora quero saber de vocês, visionários: estiveram por lá?

O que acharam das novidades? Qual foi o ingrediente mais interessante apresentado, na sua opinião?
Escreve aí nos comentários! Quero saber o que você tem percebido deste mercado de ingredientes e aditivos de alimentos.
😉


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Uma resposta para “FISA 2017: MELHORES MOMENTOS, INOVAÇÕES E BOAS PRÁTICAS DE FEIRAS”

  1. Gabriela Pinheiro disse:

    Eu fui na FISA no ano seguinte, inclusive me encontrei com você e o Dafne, gostaria de ter lido esse texto antes, mas acredito que tudo acontece no seu tempo e me sinto mais madura agora para aproveitar mais uma feira. Obrigada pelo post, Cris! 🙂

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